Para Omar Aziz, 'chegou a hora' de a CPI ouvir Onyx Lorenzoni
O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (foto), afirmou que "chegou a hora" de a comissão ouvir o deputado licenciado e ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni. O senador ainda sugeriu a realização de uma acareação entre o aliado de Jair Bolsonaro e o deputado Luis Miranda, responsável pelas denúncias relativas ao caso...
O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (foto), afirmou que "chegou a hora" de a comissão ouvir o deputado licenciado e ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni. O senador ainda sugeriu a realização de uma acareação entre o aliado de Jair Bolsonaro e o deputado Luis Miranda, responsável pelas denúncias relativas ao caso Covaxin.
A convocação de Lorenzoni deve ocorrer em meio a uma guerra de versões sobre as notas fiscais da vacina desenvolvida pelo laboratório Bharat Biotech, representado em território nacional pela Precisa Medicamentos.
Em depoimento à CPI da Covid, o irmão do deputado e servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, afirmou que recebeu a primeira invoice da Precisa em 18 de março, por meio de um link que contava, ainda, com os documentos necessários à importação do imunizante, via Dropbox. A versão foi confirmada por William Amorim Santana, que fala à comissão nesta sexta-feira, 9.
O recibo previa um pagamento antecipado de 45 milhões de dólares à Madison Biotech, uma offshore com sede em Cingapura, cujo nome não estava incluso no contrato. "O primeiro e-mail veio dia 16/03, solicitando providências para a abertura da licença de importação. Neste e-mail, continha apenas o contrato em anexo. No dia 18/03, recebemos um segundo e-mail, onde a referida empresa encaminhava um dossiê com os documentos dispostos em um link Dropbox; havia documentos de caráter técnico, e, dentre esses documentos, estava presente a invoice", narrou.
Governistas, na outra ponta, alegam que o documento é falso, pois, na versão do Planalto, a primeira versão da invoice foi remetida ao ministério em 19 de março. No mês passado, Onyx e o ex-secretário executivo do Ministério da Saúde, chegaram a anunciar que acionariam a Polícia Federal, a Procuradoria-Geral da República e a Controladoria-Geral da União contra Luis Ricardo e Luis Miranda.
Filho 01 do presidente, Flávio Bolsonaro sustentou o argumento do governo. "Provas documentais apontam que esse documento não existia em 18 de março, não era de conhecimento de ninguém, não estava no sistema", afirmou. "Os metadados comprovam quando foi criada a primeira invoice. Está ali: criado em 19 de março de 2021".
Em meio às divergências, Aziz sinalizou a convocação de Onyx. "Essa posição do Onyx... O senador Renan quer trazê-lo e acho que agora chegou a hora realmente de trazê-lo. E até fazer uma acareação com o deputado Luis Miranda para saber quais foram as providências", comentou.
O presidente da CPI quer saber quais foram as providências adotadas pelo presidente Jair Bolsonaro ao ser alertado, em 20 de março, sobre os indícios de irregularidades na compra da Covaxin pelos irmãos Miranda. À época, Bolsonaro alegou a Luis Ricardo e a Luis Miranda que pediria uma investigação à PF, mas não o fez.
"A briga da invoice, da mudança, o fato que foi trazido pelo deputado Luis Miranda aqui é um fato grave. Se foi dia 18 ou dia 19, no dia 20, o presidente teve conhecimento desse problema que estava tendo. Era um sábado. Dia 21, um domingo. Dia 22, ele encaminha, correto? Segundo o Onyx, o presidente mandou o demissionário general [Eduardo] Pazuello investigar, tá certo? Aí o demissionário general Pazuello mandou o coronel Elcio Franco investigar. A investigação deles, eles tem algum documento, alguma coisa? Ou só foi de vista? Perguntaram a você, senhor William, se alguém lá no ministério, na secretaria executiva... Porque o general Pazuello foi exonerado dia 23. Alguém perguntou para o senhor alguma coisa, sobre invoice, erros? Uma investigação foi feita?", questionou Aziz ao depoente.
"Não, eu nunca tive contato com eles", respondeu William, que contou ter prestado depoimento à Controladoria-Geral da União somente na última semana, após o escândalo vir a público.
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Comentários (3)
Maria
2021-07-11 14:17:55Passou da hora é de prender o genocida. Quantas pessoas mais precisarão morrer? MS
Marcia
2021-07-10 10:53:52Esse Onix é do calibre de um tal de Bobo Nunes do rio grande do sul.O incrível é como essa gentalha ainda está por aí.
Sônia Adonis Fioravanti
2021-07-09 16:04:37Mais um 🐀que vai mentir compulsivamente ou pedir HC para se calar .o responsável por Alcolumbre o engavetador do DEM 🤮