Pacheco articulava nome para comandar a ANTT enquanto segurava CPI
Ao segurar a abertura da CPI da Covid, antes da determinação do ministro do STF Luís Roberto Barroso pela instalação da comissão, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (foto), mirava a possibilidade de emplacar um ex-funcionário de seu gabinete, Arnaldo Silva Júnior, no comando da Agência Nacional de Transportes Terrestres, a ANTT. Crusoé revelou, em...
Ao segurar a abertura da CPI da Covid, antes da determinação do ministro do STF Luís Roberto Barroso pela instalação da comissão, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (foto), mirava a possibilidade de emplacar um ex-funcionário de seu gabinete, Arnaldo Silva Júnior, no comando da Agência Nacional de Transportes Terrestres, a ANTT.
Crusoé revelou, em sua 154ª edição, que há uma guerra em curso em Brasília pelo controle de linhas interestaduais de ônibus. É um mercado que fatura mais de 7 bilhões de reais ao ano.
No fim de 2020, Pacheco, que vem de uma família proprietária de empresas de ônibus, garantiu, em acordo costurado com o governo, a indicação do então funcionário de seu gabinete para uma das diretorias da agência.
A designação ainda precisa ser votada em plenário e foi uma derrota para o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, que pleiteava que todas as novas vagas de diretores da ANTT fossem preenchidas por nomes técnicos e alinhados ao governo.
Nas tratativas, ao longo do segundo semestre do ano passado, o governo garantiu espaço para o aliado de Pacheco, mas esclareceu que acomodaria Davi Barreto, atualmente um dos diretores da ANTT, no comando do órgão -- a direção-geral é ocupada hoje por um interino.
Com a eleição à presidência do Senado, no entanto, as ambições de Pacheco aumentaram. Ele passou a articular para alocar seu aliado no comando da ANTT e não mais em uma das vagas de diretoria. O grupo ligado a Tarcísio enxerga as articulações do presidente do Senado como uma quebra de acordo e uma tentativa do parlamentar de obter o total controle da agência, responsável pela regulação do setor de ônibus.
Esse grupo diz que Pacheco usou o trunfo da CPI para influenciar Bolsonaro a ceder a suas pretensões. O governo, no entanto, não abriu mão de indicar Davi Barreto para a direção-geral, o que fez com que presidente do Senado travasse os exames em plenário dos nomes para a ANTT.
Com isso, o impasse persistiu. Após o ministro Barroso determinar a abertura da comissão, o governo voltou a cobrar a aprovação de Barreto para a direção-geral da agência, já que Pacheco teria perdido sua carta na manga: o poder de negociar com o Planalto tendo, debaixo do braço, um pedido de instauração de CPI.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (10)
Romulo Louzada Bernardo
2021-04-17 11:56:29O Senador é um bom moça, mas convém ficar atento com suas manobras. Discreto, mas não o suficiente para os bem informados "manjarem" suas manobras.
Vimar Maddarena
2021-04-17 11:29:01O Sr. Ministro Tarcísio de Freitas é o que ainda resta de bom nesse governo que desmorona.
Claida
2021-04-17 08:27:11Eu disse e repito: rodriguim mineirim não é flor que se cheire.Mais um para nós envergonhar.Ele e Aécio Neves : farinha do mesmo saco.NOJO!
Marcia
2021-04-17 07:38:34Que já se sabia que esse boca mole,olhar de peixe morto,rei do chalala não é inocente como 99% dos politicos,já estävamos certos,agora já está escancarando.
Edmundo
2021-04-17 07:22:15Minas Gerais tem produzido cada escoria no comando do país!
Jose
2021-04-16 22:04:31Parabéns pela excelente matéria,!! Políticos todos iguais! Só pensam em se locupletar
Milton
2021-04-16 19:27:52Cara de bonzinho, voz mansa, mas tudo ladrão!
Iolanda
2021-04-16 19:26:55Não quero mais está revista tornou-se um lixo
Basílio
2021-04-16 19:08:11É mais um mineirin come quieto que empesteia o Brasil!
Angela
2021-04-16 18:08:16Só bandidos e interêsses!!!