Foto: Dror Gilboa/Wikimedia Commons

Os protestos contra a reforma judicial em Israel arrefeceram?

06.08.23 09:27

As manifestações contra a reforma judicial (foto) que o governo de Benjamin Netanyahu tenta aprovar em Israel, visando restringir os poderes da Suprema Corte, foram as maiores da história do país —mas parecem ter arrefecido depois de o Knesset (Parlamento) aprovar, no fim de julho, uma de suas partes mais polêmicas: aquela que elimina a “cláusula de razoabilidade” e impede que o Supremo a invoque para derrubar decisões do Executivo.

“É da natureza que se enfraqueça, ou se fortaleça, uma manifestação que ocorre desde janeiro sem interrupção”, afirmou Michel Gherman, professor da UFRJ e assessor do Instituto Brasil-Israel, em entrevista ao podcast Latitude veiculada no último sábado (5). Para ele, a recente derrota da oposição e o período das férias de verão em Israel podem ter influído na aparente diminuição da intensidade dos protestos; além disso, o Supremo israelense marcou apenas para o mês que vem a sessão em que pode cassar o trecho da reforma já aprovado pelo Knesset.

Gherman acredita que as manifestações devem retomar fôlego depois que a oposição a Netanyahu fizer uma “reconfiguração de rota”. “Quem está impedindo que essa reforma avance de maneira mais rápida do que está avançando é a sociedade israelense”, disse o professor. “Acho que a gente ainda vai ver muita água rolando nas ruas de Israel —e espero que seja só água”, acrescentou ele.

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
Mais notícias
Assine agora
TOPO