ONG cubana denuncia mais de 2 mil ações repressivas no ano
Relatório aponta prisões arbitrárias, intimidações e assédio do regime de Miguel Díaz-Canel

A ONG Observatório Cubano de Direitos Humanos (OCDH) denunciou mais de 168 ações repressivas contra a população civil de Cuba apenas no mês de agosto.
Do total, 13 foram classificadas como prisões arbitrárias e 155 como abusos.
Segundo a organização, entre janeiro e agosto já foram registradas 2.250 ações contra membros da sociedade civil.
O novo relatório, divulgado pela InfoBae, detalha que as principais violações incluem "ocupações de casas de ativistas, ameaças, assédio e intimações policiais".
"Entre aqueles que sofreram detenção arbitrária estava Yamilka Lafita , que foi detida em Havana por três horas dentro de um carro da polícia e depois confrontada por um agente da Segurança do Estado", diz trecho.
“O jornalista Reinaldo Escobar também foi detido por quase duas horas em uma delegacia de polícia . Adriano Castañeda Meneses , coordenador organizacional do Conselho Nacional do Fórum Unido Antitotalitário (FANTU), foi preso em 20 de agosto em Sancti Spíritus para impedi-lo de comparecer ao julgamento de um preso político.”, continua.
Pressão dos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou, em 30 de junho, um Memorando Presidencial de Segurança Nacional (NSPM, na sigla em inglês) para restabelecer a política adotada pelo governo americano contra o regime cubano durante o seu primeiro mandato.
Com a medida, os EUA revogam políticas econômicas assinadas pelo ex-presidente Joe Biden que, segundo a atual administração, beneficiam a ditadura cubana, os militares, serviços de inteligência e agências do regime às custas do povo de Cuba,
Além disso, o memorando proíbe transações financeiras diretas ou indiretas com entidades controladas pelos militares cubanos, entre as quais o o Grupo de Administración Empresarial SA (GAESA) e suas subsidiárias.
Trump apoiará o embargo econômico a Cuba e rejeitará os apelos para o término das sanções.
De acordo com o memorando, os EUA pretendem auxiliar o povo cubano a ter direito a uma imprensa livre, criação de empresas e atividades liberais.
O memorando também impõe a proibição legal do turismo americano a Cuba e garante o cumprimento por meio de auditorias regulares e a obrigação de manter registros de todas as transações relacionadas a viagens por pelo menos cinco anos.
O secretário de Estado americano, Marco Rubio, que é filho de cubanos, afirmou que os EUA responsabilizarão o “regime cubano ilegítimo” e apoiarão “o povo em sua busca por liberdade e justiça.”
“Graças à liderança do Presidente Donald Trump, os Estados Unidos estão comprometidos em promover a liberdade e a prosperidade em Cuba. Que não haja dúvidas: sob a liderança do presidente Trump, responsabilizaremos o regime cubano ilegítimo e apoiaremos o povo cubano em sua busca por liberdade e justiça”, publicou no X
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