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O tio Putin quer você (na África, a serviço dos russos)

31.01.24 13:53

O presidente russo, Vladimir Putin, quer 20 mil soldados a serviço do país em uma força privada, atuando nos países alinhados a Moscou na região subsaariana e do Sahel. O objetivo do autocrata é substituir o papel que o grupo Wagner, outro grupo militar privado a serviço de Moscou, possuía na região.

O Kremlin espera que, até o meio do ano, o país tenha militares atuando em locais onde o grupo privado fundado por Yevgeny Prigozhin costumava atuar. Após a morte do ex-aliado de Putin no ano passado em um estranho acidente de avião, os mercenários se desmobilizaram, tanto na Ucrânia quanto no continente africano. No caso ucraniano, Putin correu para incorporar os soldados às fileiras russas e manter o combate operante.

No caso africano, o governo de Moscou viu a chance perfeita de ampliar sua influência sobre os governos locais.

Ele já tem a simpatia de juntas militares que tomaram o poder em Burkina Faso, Mali e Níger, que nesta semana se rebelaram contra os países da região. Além disso, os seguidos golpes de Estado nestes países diminuíram a influência da França na região.

Antiga colonizadora destes países, Paris ainda domina questões básicas como o sistema financeiro local — mas em pontos como a política este poderio começa a dar sinais de desgaste mais profundo. É onde Putin atua.

Leia, na Crusoé 294: Putin quer você

Tão controverso quanto a estratégia é o nome escolhido: o Africa Corps levantou semelhanças imediatas com o Afrika Korps, o comando da Alemanha Nazista para a região do Saara na Segunda Guerra Mundial. 

Operando entre 1941 e 1943 no território onde hoje é a Líbia, as tropas nazistas do Korps caíram rapidamente para o calor extremo do Saara, a ação de tropas beduínas mais adaptadas ao local e mesmo à falta de água e ataques de moscas.

Leia na Crusoé: Agora são os ratos que estão invadindo a Ucrânia

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  1. O povo russo não quer enviar seus filhos para morrerem num guerra absurda e já estão revoltados contra o governo, assim, para evitar mais oposição, Putin resolveu chamar mercenários como o antigo grupo Wagner.

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