O tamanho do "gesto" que o Irã mandou para Israel
O assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, disse que o Irã "queria fazer um gesto" ao enviar 170 drones, 30 mísseis de cruzeiro e 120 mísseis balísticos contra Israel, no sábado, 13. Além de Amorim, várias autoridades do mundo tentaram minimizar o ataque iraniano, que teria sido anunciado de antemão e calculado para...
O assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, disse que o Irã "queria fazer um gesto" ao enviar 170 drones, 30 mísseis de cruzeiro e 120 mísseis balísticos contra Israel, no sábado, 13.
Além de Amorim, várias autoridades do mundo tentaram minimizar o ataque iraniano, que teria sido anunciado de antemão e calculado para não causar grandes danos.
Claro, esse tipo de retórica só resiste hoje porque Israel conseguiu interceptar 99% dos projéteis lançados pelo Irã. Se não fosse pela eficiência israelense, que contou com ajuda de caças americanos, britânicos e jordanianos, a história seria muito diferente.
Em uma publicação na rede X, as Forças de Defesa de Israel, FDI, mostraram um pedaço de um dos 120 mísseis balísticos que caíram em Israel.
O míssil mostrado tinha 880 pounds de explosivos, o equivalente a 400 quilos.
https://twitter.com/IDF/status/1780319368439631991
As FDI também mostraram a jornalistas vários dos mísseis abatidos, entre eles, um Emad.
Só o tanque de combustível de um míssil Emad, de longo alcance, tem 11 metros de altura.
Os Emad normalmente são lançados de bases subterrâneas e podem ter ogivas de até 750 quilos, segundo a agência iraniana Irna.
Eles não servem para atingir alvos pequenos, como um prédio, pois têm um raio de acerto de 500 metros, o equivalente a cinco quarteirões.
Ataque coordenado
No ataque realizado no sábado, 13, o Irã enviou drones e mísseis de cruzeiro antes, para que eles chegassem ao mesmo tempo a Israel. Com isso, poderiam sobrecarregar o funcionamento dos sistemas de defesa antiaérea e, assim, abrir uma porta para a queda dos mísseis balísticos, mais poderosos.
A estratégia é similar à que os russos usam na Ucrânia.
Os iranianos sabiam que Israel teria um desempenho melhor que o dos ucranianos, mas não tinham ideia de que seus inimigos se sairiam tão bem.
"A taxa média de interceptação das defesas aéreas ucranianas é de 46% dos mísseis balísticos russos nos maiores ataques. Os iranianos muito provavelmente sabiam que as taxas israelenses seriam maiores que a dos ucranianos, mas não acima dos 90% contra os mísseis balísticos — os russos afinal, nunca dispararam tantos mísseis balísticos em um único ataque contra a Ucrânia", afirmou o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês).
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Comentários (2)
Carlos Renato Cardoso Da Costa
2024-04-17 17:09:41Esse governo me envergonha
100413CAIO02
2024-04-17 10:35:06Muito bonito o "gesto" que o Irã mandou para Israel, só não esperavam que o "gesto" fosse tão bem recebido. Vergonha total para o Irã, parabéns para a eficiência de Israel!