O que representa para o governo a convocação de Wajngarten, Ernesto e Pfizer
O cronograma da CPI da Covid para a próxima semana tem potencial explosivo para o Planalto. Para integrantes da comissão, as inquirições do ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten, de representantes da Pfizer e do ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo podem representar a "bala de prata" contra o governo Bolsonaro. O Planalto tem ciência do perigo....
O cronograma da CPI da Covid para a próxima semana tem potencial explosivo para o Planalto. Para integrantes da comissão, as inquirições do ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten, de representantes da Pfizer e do ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo podem representar a "bala de prata" contra o governo Bolsonaro.
O Planalto tem ciência do perigo. Não à toa, obstruiu a votação para a convocação de Wajngarten na última semana. Se seguir a linha de recentes declarações, o depoimento do ex-secretário, marcado para a próxima terça-feira, 11, reforçará o arsenal da CPI contra Eduardo Pazuello, cuja audiência foi remarcada para 19 de maio.
Em recente entrevista, o publicitário disse que a compra de vacinas pelo Brasil foi comprometida pela "incompetência" do general. Na ocasião, Wajngarten poupou Jair Bolsonaro, mas senadores pretendem pressioná-lo a revelar o papel do presidente no atraso da imunização.
Além disso, o ex-secretário será cobrado a explicar a contratação de influenciadores para difundir a prescrição da cloroquina, remédio sem eficiência comprovada contra a Covid-19, e falar sobre orientações de Bolsonaro para a política de comunicação, que, diante do agravamento da pandemia, deveria transmitir mensagens em defesa de isolamento social e uso de máscaras.
No mesmo dia da audiência de Wajngarten, falarão, ainda a presidente da Pfizer no Brasil, Marta Diez, e seu antecessor, Carlos Murillo. Os relatos, entendem os senadores, poderão servir como evidência da omissão do governo na compra de imunizantes, uma vez que o Brasil rejeitou mais de uma vez as ofertas da empresa em 2020. As compras foram fechadas somente neste ano.
Na análise de parlamentares, os depoimentos evidenciarão como o governo demorou a dar início à vacinação no país. Atrasado em relação às principais potências do mundo, o Brasil começou a imunização somente em janeiro, sob forte dependência da Coronavac.
Na quinta-feira da semana que vem, será a vez de Ernesto Araújo prestar esclarecimentos à CPI. O ex-chanceler ganhou fama ao fazer ruir as pontes entre Brasil e China, principal exportador de insumos para a produção de vacinas.
Os senadores querem detalhes de uma "possível omissão ou obstrução nas relações com outros países e organizações internacionais, que resultaram em dificuldades para comprar vacinas, insumos e medicamentos". Escanteado pelo presidente, o ex-ministro fez críticas ao governo no último fim de semana, o qual, segundo ele, perdeu a "alma" e o "ideal".
Durante a semana, a CPI ainda vai ouvir os presidentes do Instituto Butantan, Dimas Covas, e da Fiocruz, Nísia Trindade. Neste caso, preocupa o Planalto o depoimento de Dimas, aliado do governador de São Paulo, João Doria, e responsável pela Coronavac, demonizada pelo presidente por meses e comprada com atraso.
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Comentários (7)
MSF
2021-05-06 11:49:23Tem que ser muito alienado para defender esse Bolsonaro. Dezenas de milhares de mortes teriam sido evitadas se esse presidente tivesse seguido a ciência. Bastava seguir as orientações da OMS e dos países de primeiro mundo. Infelizmente o louco prefeiriu seguir a própria intuição genocida.
Odete6
2021-05-06 02:45:23Não dará de jeeeiiito nenhum pra aguentar esse ""a coisa"" psicopata desgovernante até o final de 2022!!!! Além de psicopata de perversidade única, é de uma fenomenal burrice, inacreditavel e espantosamente superlativa!!!!
Takaiuki
2021-05-06 00:42:39Crusoe presta desserviço ao país, só ti ti ti
Roberto
2021-05-05 23:15:39CPI comandada pelo Renan = lixo
JOSIMAR
2021-05-05 20:13:57Cadê meu dinheiro de volta q vcs debitaram indevidamente no meu cartão sem eu ter solicitado a assinatura? Lembro q tem q devolver com juros e correção monetária pois fizeram uso indevido por 6 meses!
NeutronLento
2021-05-05 18:11:55O que mais me surpreende nisso tudo é o comportamento do Exército como instituição ao longo desses anos. Primeiro, deixa de punir com expulsão um capitão subversivo. Segundo, permite que o capitão convoque e use generais da ativa na sua politica de governo. Por fim, recebe de volta aos seus braços protetores um general, vindo daquele governo, com desempenho pífio e amedrontado. A impunidade custa caro e é cobrada com juros e correção.
Palhaço Bozo
2021-05-05 17:12:23Pega fogo cabaré! E queima até as cinzas as "pu.tas" bem pagas da direita e da esquerda!