Universidade de Oxford

Coronavírus: o que os cientistas estão fazendo para que a vacina esteja disponível até junho de 2021

21.07.20 16:51

Para concluir o desenvolvimento das vacinas contra o coronavírus no menor tempo possível, os cientistas estão mudando algumas regras.

Em alguns estudos, a fase 3, em que milhares de pessoas são vacinadas, tem começado antes de as fases 1 e 2 serem concluídas. É o caso da vacina da Universidade de Oxford (foto) e do laboratório AstraZeneca. A fase 3 já havia começado antes mesmo de a fase 1 terminar e os resultados serem publicados nesta segunda, 20, no jornal Lancet.

Para dar celeridade ao processo, a ideia é também encurtar a última etapa de testagem. Normalmente, a fase 3 dura pelo menos dezoito meses para ser concluída. Como trata-se de uma urgência sanitária mundial, a expectativa é reduzir esse período para doze meses. Essa redução de tempo dependerá principalmente da análise dos dados estatísticos. “Será preciso comparar a evolução das pessoas que tomaram placebo e contraíram o vírus com o grupo que foi vacinado e não desenvolveu a doença. Esses dados são codificados e podem ser avaliados periodicamente”, diz a imunologista Keity Souza Santos, professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

A julgar pelo calendário estabelecido pelos cientistas, os estudos da fase 3 da vacina Coronavac, desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac, podem durar menos de 90 dias. Tanto a Coronavac quanto a vacina produzida pela Universidade de Oxford têm boas chances de estar disponíveis até junho do próximo ano. “Não há precedentes de ensaios clínicos de fase 3 que tenham durado tão pouco tempo, mas tudo que estamos vivendo é sem precedentes”, diz Keity.

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