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O cinismo de Maduro

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, debochou do exílio do líder opositor Edmundo González Urrutia, seu rival nas eleições de 28 de julho. González, que reivindica vitória no pleito, chegou à Espanha no sábado, 7 de setembro, após ser alvo de mandado de prisão. O chavismo o intimou devido à apuração opositora da votação. “Meu...

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Redação Crusoé
3 minutos de leitura 10.09.2024 15:57 comentários 3
Não sei em que lugar de Caracas moraria a Democracia Bolivariana

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, debochou do exílio do líder opositor Edmundo González Urrutia, seu rival nas eleições de 28 de julho.

González, que reivindica vitória no pleito, chegou à Espanha no sábado, 7 de setembro, após ser alvo de mandado de prisão. O chavismo o intimou devido à apuração opositora da votação.

“Meu respeito pela sua decisão. Posso dizer ao embaixador González Urrutia, com quem tive um duro confronto depois de 29 de julho, que estive atento a tudo isso e compreendo o passo que deu e o respeito, espero que esteja bem no seu caminho e em sua nova vida”, disse Maduro em seu programa semanal, na segunda-feira, 9 de setembro.

O exílio de González beneficia o regime. Assim, o chavismo não precisa mais tentar cumprir a ordem de prisão, o que levaria a um aumento da pressão internacional sobre Maduro.

González se exila

Candidato da oposição na votação de 28 de julho, Edmundo González deixou a Venezuela no sábado, 7 de setembro, com destino à Espanha após solicitar asilo político ao país europeu.

Como mostrou O Antagonista, ele ficou abrigado em segredo na Embaixada da Holanda em Caracas durante mais de um mês antes de se esconder na residência do embaixador espanhol.

O ministro holandês das Relações Exteriores, Caspar Veldkamp, ​​​​afirmou no domingo, 8, que decidiu atender a um pedido “urgente” da oposição no dia seguinte às eleições para acolher Edmundo “o tempo que fosse necessário”.

A declaração do ministro consta de carta enviada ao Parlamento do país europeu. O documento relata que González optou por deixar a Embaixada da Holanda e “continuar a sua luta a partir da Espanha”.

Chavismo ordena prisão de Edmundo González

A Procuradoria-Geral da Venezuela, controlada pelo chavismo, anunciou em 2 de setembro que um tribunal expediu um mandado de prisão contra Edmundo González.

O diplomata foi intimado para prestar depoimento sobre a apuração paralela das eleições de 28 de julho. Segundo a oposição, González venceu o ditador Nicolás Maduro com cerca de 70% dos votos.

“Eles perderam toda a noção da realidade. Ao ameaçar o Presidente Eleito apenas conseguem nos unir mais e aumentar o apoio dos venezuelanos e do mundo a Edmundo González”, escreveu a líder de facto da oposição venezuelana, María Corina Machado.

Leia em Crusoé: Avança a repressão na Venezuela

María Corina segue na Venezuela

Em meio à perseguição política promovida pela ditadura de Nicolás Maduro e ao exílio de Edmundo González na Espanha, a líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, afirmou nesta segunda-feira, 9, que permanecerá na Venezuela.

"Se a saída do Edmundo muda alguma coisa, em uma perspectiva que possa aumentar o risco para mim, não sei, mas de qualquer forma decidi ficar na Venezuela e acompanhar a luta daqui enquanto ele acompanha de fora", disse Corina Machado em um evento virtual.

A opositora está escondida desde o início de agosto, dizendo temer por sua vida.

Estou escrevendo isto em um esconderijo, temendo pela minha vida, pela minha liberdade e pela dos meus compatriotas por parte da ditadura liderada por Nicolás Maduro”, escreveu María Corina em artigo publicado no jornal americano The Wall Street Journal em 1º de agosto.


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Comentários (3)

ADRIANO

2024-09-11 10:26:52

Só sai no caixão ⚰️


SONIA ADONIS FIORAVANTI

2024-09-11 08:38:09

E ainda tem 🐀🐀que apoiam esse cana lha


Amaury G Feitosa

2024-09-11 08:34:15

Os ditadores tem o mesmo estilo e cinismo, aqui em Fantasy Island o nosso faz o mesmo com seu triunvirato cínico a humilhar a nação e destruir adversários ... e o pior ainda está por vir !!!


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