Número 2 de Maduro também quer regular redes sociais
Ministro do Interior e da Justiça da ditadura venezuelana admitiu a prisão de crianças após protestos contra fraude eleitoral
Seguindo a linha do ditador Maduro, o ministro do Interior e Justiça, Diosdado Cabello, defendeu nesta quinta-feira, 14, a regulamentação das redes sociais após casos de supostos envenenamentos em escolas do país:
"Chegará o momento em que teremos que regulamentar o uso das redes sociais. Qualquer um pode gritar, mas não vamos entregar o futuro deste país aos psicopatas", disse o número 2 de Maduro em seu programa de TV "Con El Mazo".
Cabello afirmou que as redes sociais "promoveram" uma espécie de desafio para as crianças envenenarem umas as outras:
“ Tivemos cinco eventos nas últimas duas semanas. Cinco eventos baseados no que as redes chamam de desafios. Eles postam mensagens e promovem a participação dos jovens de lá", afirmou.,
Estudantes e funcionários de instituições escolares de Barinas e Turén deram entrada em hospitais com sintomas de intoxicação.
Crianças presas
Em seu programa, Cabello admitiu que o regime de Maduro prendeu crianças e adolescentes em protestos políticos contra a fraude eleitoral nas eleições presidenciais de 28 de julho:
"Lá eles estão pressionando os pobres presos políticos, as crianças que estão detidas. Os pais vão e fazem vigílias. Onde estavam aqueles pais nos dias 29 e 30 de julho, que permitiram que seus filhos fossem para Guarimbear? Por que eles não se opuseram aos seus filhos? Onde eles estavam? Agora somos os bandidos."
Segundo a ONG Foro Penal, há 69 menores, entre 14 e 17 anos, detidos em decorrência das manifestações.
Os pais realizaram vigílias em frente à sede do Ministério Público, em Caracas, e das prisões de Tocuyito, Tocorón e Yare III para exigir a libertação dos jovens.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) descreveu a repressão desencadeada pelo regime como “terrorismo de Estado”.
Cabello é o ministro responsável pelas forças de seguranças internas da Venezuela, entre elas a Polícia Nacional Bolivariana.
Amigo de Lula?
Cabello gostou da fala do presidente Lula (PT), na última segunda-feira 11, em que o petista afirmou que não pode questionar a Suprema Corte de outro país.
“Não vi as declarações do presidente Lula, mas tomara que o mundo inteiro entenda isso antes de dizer qualquer coisa sobre a Venezuela: que os assuntos internos da Venezuela são resolvidos pelos venezuelanos. Tem gente que fala demais e depois diz: ‘ai, errei'", disse o número 2 de Maduro.
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