Najara Araújo/Câmara dos Deputados

No Conselho de Ética, Flordelis chora e diz que não mandou matar marido

16.03.21 15:56

Alvo de um processo por quebra de decoro parlamentar, a deputada Flordelis (foto), do PSD do Rio, falou ao Conselho de Ética na tarde desta terça-feira, 16. Com voz embargada e entre lágrimas, a congressista disse ser vítima de uma “perseguição implacável“.

Flordelis é acusada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019, em Niterói. O órgão defende na Justiça que a deputada e mais 10 réus sejam levados a júri popular.

No Conselho, a parlamentar pediu que os colegas não “cometam uma injustiça” e ressaltou que ainda não foi julgada em primeira instância. Ela alegou que não cometeu qualquer crime. Disse, ainda, que vive o “assassinato” da própria reputação, “de forma violenta e desumana“.

Eu, Flordelis, sou inocente. Eu não mandei matar meu marido, eu não participei de nenhum ato de conspiração contra a vida do homem que foi meu companheiro por mais de 20 anos“, disse.  “Ele era muito mais do que meu marido, era meu amigo. Nós tínhamos uma cumplicidade enorme. Viajávamos juntos, trabalhávamos juntos, vivíamos juntos. Nós éramos inseparáveis“, completou.

Antes da fala da parlamentar, o deputado Alexandre Leite, do DEM de São Paulo, rejeitou um pedido da defesa para que o processo fosse levado de volta à estaca zero. Ele terá 40 dias úteis para realizar a fase de instrução e, depois, mais dez dias úteis para apresentar o parecer.

De acordo com o relator, no processo, serão ouvidos os delegados Alan Duarte Lacerda e Bárbara Bueno, atuantes no inquérito que investiga a deputada, testemunhas indicadas pela defesa de Flordelis e a própria parlamentar.

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