Ninguém sabe o que Kamala Harris quer em política externa
A vice-presidente dos Estados Unidos e candidata pelo Partido Democrata, Kamala Harris, publicou na segunda, 5, uma imagem em que aparece entre o secretário de Estado, Antony Blinken, e o presidente Joe Biden (foto). "Hoje, o presidente e eu nos reunimos com nossa equipe de segurança nacional para discutir os acontecimentos no Oriente Médio. Nosso...
A vice-presidente dos Estados Unidos e candidata pelo Partido Democrata, Kamala Harris, publicou na segunda, 5, uma imagem em que aparece entre o secretário de Estado, Antony Blinken, e o presidente Joe Biden (foto).
"Hoje, o presidente e eu nos reunimos com nossa equipe de segurança nacional para discutir os acontecimentos no Oriente Médio. Nosso compromisso com a segurança de Israel é inabalável. Enquanto nos preparamos para apoiar a defesa de Israel contra o Irã e grupos terroristas apoiados pelo Irã, também estamos trabalhando para diminuir as tensões regionais e evitar mais conflitos. Também discutimos as medidas que estamos tomando para defender nossas forças e responder a qualquer ataque contra nosso pessoal da maneira e no local de nossa escolha", escreveu ela.
O problema é que, além disso, não há praticamente mais nada sobre os posicionamentos de Kamala Harris em política externa.
Nos episódios raros em que ela se manifesta sobre temas além das fronteiras americanas, Kamala é vaga.
No dia da eleição na Venezuela, 28 de julho, ela publicou uma mensagem dizendo que os Estados Unidos estavam com o povo. "A vontade do povo venezuelano deve ser respeitada. Apesar dos muitos desafios, continuaremos a trabalhar em direção a um futuro mais democrático, próspero e seguro para o povo da Venezuela".
Mas isso é o mesmo que nada.
Kamala quase não dá entrevistas, o que gera questionamentos sobre suas políticas tanto para os Estados Unidos quanto para o resto do mundo.
Tal silêncio é indesejado em um mundo está muito perigoso. Uma guerra entre Israel e Irã pode acontecer a qualquer momento. Os israelenses poderão mesmo contar com apoio militar americano caso ela seja eleita?
Na quarta, 7, Kamala afirmou em um comício com manifestantes pró-Palestina que "todas as vozes importam".
Um grupo chamado Uncommited divulgou um comunicado dizendo que Kamala tinha "demonstrado uma abertura" para discutir um embargo de armas a Israel.
No dia seguinte, seu assessor para segurança nacional, Phil Gordon, negou que ela apoiaria tal coisa.
Mas não foi muito além. Kamala, segundo Gordon, "vai continuar trabalhando para proteger civis em Gaza e para manter o direito internacional humanitário".
E a Ucrânia seguirá recebendo equipamentos e armas dos Estados Unidos? Kamala não fala do assunto.
Sem mais informações, pode-se especular que Kamala manteria a mesma diplomacia de Biden, com Blinken seguindo no posto de secretário de Estado. Ou não faça nada disso. Não há como saber.
Em relação a Trump, pode-se ao menos esperar algo parecido com o que foram os seus quatro anos como presidente.
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Comentários (1)
Márcio Coimbra
2024-08-09 21:55:58China Russia India Muçulmanos Europa.... EUA do Partido Democrata... O acróstico não é gratuito, mas é emblemático. Essa turma não é exatamente 'simpática' ao nosso país.