Adriano Machado/Crusoé

‘Não tenho autoridade para julgar meus próprios atos’, diz Kassio sobre plágio

21.10.20 10:54

Questionado sobre os indícios de plágio em sua dissertação de mestrado, revelados por Crusoé, o desembargador Kassio Nunes Marques afirmou que seu trabalho foi chancelado pela Universidade Autônoma de Lisboa. “Essa dissertação foi submetida ao sistema antiplágio da universidade”, argumentou. Kassio foi pressionado pelo senador Alessandro Vieira, do Cidadania, sobre as inconsistências em sua vida acadêmica. “Não tivemos ainda respostas”, afirmou o parlamentar.

Segundo Kassio, após a submissão de seu trabalho ao sistema antiplágio da instituição portuguesa, o resultado teria sido um índice de 11%. “Teve o Artigo 196 da Constituição, que esqueci de aspear”, justificou. “O que existe em quase todo trabalho científico é alguma inconsistência”, acrescentou o indicado de Jair Bolsonaro para o Supremo.

“Logicamente, não sei quais critérios que um ou outro veículo de comunicação está usando na definição do que seja plágio ou desse percentual. O que tenho visto é que começou em um percentual e já chegou em outro, não tenho informação técnica disso”.

Kassio afirmou que ele não poderia ser criminalmente acusado de plágio porque o advogado Saul Tourinho Leal, autor de artigos com extensos trechos idênticos à dissertação do desembargador, negou a acusação. “O próprio tipo da lei exige a ofensa de quem eventualmente foi plagiado. O próprio advogado afirmou que absolutamente não existe plágio”, argumentou.

“Não tenho autoridade para julgar meus próprios atos, o que posso dizer é que, naquele momento, a dissertação passou pelo crivo de uma instituição de ensino superior”.

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