ReproduçãoRepórter de TV iraniana em Isfahan, horas após bombardeio

Nada aconteceu no Irã, diz imprensa estatal do Irã após bombardeios

19.04.24 11:05

Horas depois de um ataque atribuído a Israel à cidade de Isfahan, a terceira maior do Irã, a mídia estatal do país (a única autorizada a operar por lá) buscou passar sinais de que nada aconteceu e tudo segue às mil maravilhas.

Durante a madrugada, a cidade foi alvo de drones, no que foi uma aparente resposta de Israel aos ataques iranianos do último sábado, 13. O governo de Tel Aviv não reconheceu a autoria do ataque, mas o governo americano atribuiu a operação a seu parceiro estratégico na região.

Durante a manhã, a mídia estatal iraniana mostrou, tanto em sites quanto em seus canais de TV, que a cidade aparentava normalidade.

 

 

A Fars, principal agência de notícias estatal iraniana, disse que o barulho de explosões ouvidos pela cidade era, na verdade, a atuação dos mísseis antiaéreos disparados em defesa da cidade. O país referiu-se aos veículos derrubados como “infiltrados”, sem citar nominalmente os israelenses.

Horas após o ataque, a Fars anunciou “um final de semana de primavera no Zayanderud”, mostrando como os iranianos estavam se preparando para aproveitar os próximos dias em um cartão-postal natural da cidade.

Interpretado como um ataque retaliatório do governo de Benjamin Netanyahu, o bombardeio é visto como capítulo limitado na crise entre Teerã e Tel Aviv.  Fontes ligadas à inteligência americana, no entanto, já confirmaram à imprensa do país que esperam ataques mais agressivos de Israel a partir da Páscoa, feriado judaico que se inicia na próxima segunda, 22.

O bombardeio, que teria atingido uma base aérea na cidade, não causou riscos às usinas nucleares do país, segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), vinculada à ONU — o chanceler iraniano também negou danos a uma usina na região.  Apesar disso, o espaço aéreo da região foi fechado pelo governo iraniano, desviando centenas de voos em um corredor que conecta Europa, Oriente Médio e sudeste asiático.

 

Leia mais em Crusoé: As novas sanções ao Irã

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