Na CPI, Ernesto contradiz Carlos França sobre viagem do 'spray milagroso'
Em depoimento à CPI da Covid no Senado, o ex-ministro Ernesto Araújo (foto) confirmou que a ida da comitiva bolsonarista a Israel, em março, foi organizada para conhecer o spray nasal que Jair Bolsonaro chamou de "milagroso" no combate à Covid-19. "A missão nasceu de um telefonema entre o presidente Jair Bolsonaro e o primeiro-ministro de...
Em depoimento à CPI da Covid no Senado, o ex-ministro Ernesto Araújo (foto) confirmou que a ida da comitiva bolsonarista a Israel, em março, foi organizada para conhecer o spray nasal que Jair Bolsonaro chamou de "milagroso" no combate à Covid-19.
"A missão nasceu de um telefonema entre o presidente Jair Bolsonaro e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em que o Primeiro-Ministro falou com muito entusiasmo de dois medicamentos com potencial de cura da Covid, que estavam sendo desenvolvidos por dois diferentes institutos em Israel. A partir disso, o presidente pediu que eu liderasse essa missão", disse o diplomata. Antes da viagem, uma nota técnica do Ministério da Saúde atestava que as evidências de eficácia e segurança do fármaco eram "incipientes".
A fala de Ernesto contradiz a atual versão do Itamaraty sobre o ocorrido. Em ofício enviado à Câmara dos Deputados na semana passada, o ministro Carlos Alberto Franco França afirmou que "a missão oficial àquele país vinha sendo planejada desde o segundo semestre de 2020". O chanceler acrescentou que "a visão brasileira para o relacionamento bilateral não deve ser reduzida às iniciativas de cooperação no domínio da saúde, muito menos às tratativas para potencial desenvolvimento do 'spray' nasal EXO-CD24, que foi objeto de uma entre as várias reuniões e encontros mantidos na viagem".
Como mostrou Crusoé, França vem tentando reduzir a importância da carta de intenções assinada entre o Itamaraty e a empresa israelense detentora do medicamento experimental. Como o Ministério da Saúde não assinou o documento, o MRE agora diz que o acordo não é válido – depois de reconhecê-lo, ainda que não fosse "juridicamente vinculante".
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Comentários (2)
Sônia
2021-05-19 09:11:28Serviu para DUDU BANANINHA PASSEAR COM NOSSO 💰
PAULO
2021-05-18 17:27:26Bozo nesta empreitada, demonstra mais uma vez o quão imbecil é. Trump falou da cloroquina lá no início da pandemia, e Bozo foi atrás de comprar todo o estoque disponível desse medicamento. O primeiro ministro de Israel falou do spray, e Bozo mandou uma comitiva de imbecís p/ passear em Israel e fechar algum negócio. Hj, 18 de maio de 2021, quais são os resultados efetivos dessa empreitada? Podemos raciocinar assim: Qual país no mundo quer cloroquina? E vacinas que faltam aqui para nós?