MP junto ao TCU questiona verba extra para o Amapá, reduto de Alcolumbre
O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União questionou, em representação protocolada nesta sexta-feira, 21, o favorecimento ao Amapá e à capital do estado, Macapá, na liberação de recursos públicos. Reduto eleitoral do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, a região foi privilegiada na distribuição de verba extra do Ministério do Desenvolvimento Regional. Movido...
O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União questionou, em representação protocolada nesta sexta-feira, 21, o favorecimento ao Amapá e à capital do estado, Macapá, na liberação de recursos públicos. Reduto eleitoral do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, a região foi privilegiada na distribuição de verba extra do Ministério do Desenvolvimento Regional.
Movido pelo o subprocurador-geral Lucas Furtado, o processo baseia-se em reportagem do Antagonista. A matéria mostrou que, somente em recursos extraordinários da pasta nos últimos dias de 2019, Macapá garantiu 112,7 milhões de reais — quase o dobro dos recursos destinados a Petrolina, segunda colocada no ranking. “Chama-me atenção a facilidade que o atual presidente do Senado Federal parece ter em privilegiar sua região de origem”, escreveu.
Alcolumbre tem planos políticos para o estado. Quer emplacar o irmão como prefeito de Macapá nas eleições municipais de outubro. Em 2022, pretende governar a unidade federativa. “Questiono-me por que a região de origem do atual presidente do Senado Federal fora escolhida para o recebimento de R$ 150 milhões no exercício de 2019, enquanto que no ano anterior — exercício em que o atual senador-presidente não estava na Presidência do Senado Federal — foram necessários apenas R$ 39,5 milhões? De um ano para outro, a região comprovou a necessidade em triplicar os recursos recebidos?”, observou o subprocurador.
Com base nos “princípios da moralidade e da supremacia do interesse público”, Furtado pede que o TCU avalie se a alocação de verbas extras do MDR para o Amapá foi pautada em “estudos e critérios objetivos que justifiquem o destino dos recursos liberados ou se serviu apenas para atender a interesses pessoais”. “Caso fique comprovado que houve o direcionamento e favorecimento, restará evidente a sobreposição de interesses particulares ao interesse público.”
Na última quarta-feira, em nota enviada ao Antagonista, Alcolumbre não negou o favorecimento ao seu reduto eleitoral. O senador, muito pelo contrário, se vangloriou do que parece considerar um grande feito político, dizendo: “Essa é a prova de que estou me dedicando ao máximo ao Brasil, mas não esqueço do meu Amapá”.
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Comentários (10)
MAURÍLIO43
2020-02-24 13:12:42É o batoré dando o velho golpe do "joão sem braço".
Margarida
2020-02-23 20:04:52Quem acha que a regiao esta sendo previlegiada? Ele e quem esta tendo oprevilegio
KLEBER
2020-02-23 01:55:06Cara de Pau. “Mateus, primeiro os meus “.
Quiet
2020-02-22 13:22:22O congresso virou uma "farra", a "casa da Maria Joana".. lamentável!
Ana
2020-02-22 12:25:23Esse cinismo autoritário é inconcebível,imoral, e, não pode ficar apenas em investigações,precisa haver punição ,aliás,esse indivíduo está mais ousado que Renan
Cicero
2020-02-22 11:18:02O Sarney abusou até quando pôde, o Renan ; e agora esse verme quer fazer o mesmo. Não podemos deixar isso se repetir.
FERNANDO ANDRADE
2020-02-22 11:08:48Canalhice!!!Tem que prestar conta do dinheiro gasto em benefício próprio. Esse picareta ainda se diz indignado com as verdades ditas pelo general Heleno. Qual a estatura moral desse sujeito? A população quer- e exige- punição exemplar, pois se a moda pega...
CEIFADOR
2020-02-21 23:32:29Correta a posição do MP, por que favorecer o Amapá em detrimento de outras regiões? Será porque há outra de favores ou é simples chantagem como denuncia o gen. Heleno. Tem que acabar com essa pouca vergonha. Já não basta o prejuizo que esse cara dá na direção do Senado.
PCC
2020-02-21 21:39:29Manda prender todo mundo, a começar por este Alcolumbre.
Paulo Renato
2020-02-21 18:59:13Não é de hoje que venho comentando sobre essa movimentação de dinheiro público nas mãos desses pilantras. A função deles, pela constituição é de apenas aprovar com as devidas alterações, o orçamento da União e de apenas fiscalizar a aplicação dessas verbas pelo Executivo. Ainda há tempo de cortar esse mal pela raiz e o Executivo tem que ser mais proativo e deixar de ser complacente ou de agir com bonomia em relação aos ataques do Legislativo, daí a reação positiva do General Heleno, em boa hora