Reprodução/TV Globo

MP investiga se governo de Rondônia fraudou dados para evitar isolamento mais rígido

26.01.21 17:16

O Ministério Público do Estado de Rondônia instaurou inquérito para investigar indícios de fraude em relatórios que indicam diariamente o número de leitos de Unidades de Terapia Intensivas, UTIs, disponíveis para o atendimento de pacientes infectados pelo novo coronavírus.

Os documentos são de responsabilidade da Sala de Situação Integrada do governo Marcos Rocha, integrada por órgãos como a Agência Estadual de Vigilância em Saúde, a Secretaria Estadual de Saúde e a Defesa Civil. De acordo com o MP, a fraude visava evitar que o estado regredisse no plano de enfrentamento à pandemia, o que exigiria o endurecimento do isolamento social.

O inquérito elenca exemplos. Os investigadores indicam que em 6 de janeiro, o relatório apontava falsamente a existência de 41 leitos de UTI livres, com taxa de ocupação de 67,50%. Dois dias depois, o documento listava 20 leitos. “Ocorre que isso somente aconteceu porque foram inseridos, indevidamente, 30 leitos de UTI do CERO, o Hospital de Campanha da Zona Leste, os quais nunca estiveram realmente disponíveis por falta de médicos“, diz o MP.

Os promotores afirmam que, graças aos números, Porto Velho regrediu da fase três para a dois, quando, na verdade, deveria ter ido à etapa um, a mais restritiva de todas. “Tal prática foi aplicada em outra ocasião, quando, apesar de haver leitos disponíveis em relatório, inexplicavelmente, mais de 30 pacientes aguardavam em fila por UTI no Estado“, completaram.

O sistema de saúde de Rondônia entrou em colapso nos últimos dias e, em razão da crise, o governo iniciou a transferência de pacientes diagnosticados com Covid-19 para outros estados.

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  1. Perguntem à médica que faz piada sobre a intubação de pacientes. Onde se formou essa mentecapta...vai tomar vacina? Enquanto faz piada com os infectados?

  2. Nesse caso, vejo abuso de poder. O MP deveria manter o caso em segredo, ou responder criminalmente pelo vazamento. É preciso entender que as partes não são o todo. Se a gestor diz servidor: "Não faça isso; faça aquilo". E o servidor faz "isso" e não "aquilo", então como culpar o gestor? Lula foi condenado por 3 desembargadores. Num plantão, 1 desembargador alheio ao julgamento, quis soltar o cara. Vamos culpar os 03 q condenaram? O MP precisa identificar quem acusa. Daí o segredo de justiça.

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