Luís Montenegro confirmado como primeiro-ministro de Portugal
Presidente Marcelo Rebelo de Sousa fez sua última confirmação como presidente; AD precisará de coalizão para governar

O presidente Marcelo Rebelo de Sousa confirmou nesta quinta, 29, a nomeação de Luís Montenegro como primeiro-ministro reeleito de Portugal.
Esta foi a última confirmação de Marcelo Rebelo, que deixará o cargo no próximo ano.
Em 18 de maio, Montenegro conquistou 91 dos 230 assentos do Parlamento, mantendo a Aliança Democrática (AD) como a maior força política do país.
No entanto, o grupo não alcançou a maioria absoluta necessária para governar sozinho.
O partido Chega, da direita populista, registrou seu melhor desempenho, obtendo 60 assentos.
Pela primeira vez, o grupo superou o Partido Socialista (PS), que ficou com 58 cadeiras.
Para garantir governabilidade, Montenegro cogita uma coalização com a Iniciativa Liberal (IL), que elegeu 9 deputados.
Até o momento, o AD descarta aliança com o Chega.
Na eleição, a participação de votantes variou entre 36% e 42%.
Os votos em Portugal são feitos em cédulas de papel e são destinados a partidos, não a candidatos individuais.
Chega
A legenda liderada por André Ventura — que chegou a ser hospitalizado duas vezes durante a campanha — ampliou sua presença parlamentar.
Com a segunda maior quantidade de assentos, o Chega será o principal partido de oposição do governo de Montenegro.
"Hoje podemos declarar oficialmente, perante o país todo e com segurança, que acabou o bipartidarismo em Portugal", afirmou André Ventura.
Derrota histórica
O deputado socialista Sergio Sousa Pinto, do Parlamento Europeu, afirmou em entrevistas que este foi um "desastres de proporções históricas para o PS".
Após o anúncio dos resultados, o líder da sigla, Pedro Nuno Santos, renunciou.
Em 2005, o Partido Socialista, liderado por José Sócrates, teve 45% dos votos e obteve maioria absoluta no Parlamento, o que permitiu aos socialistas governarem sem precisar fazer coligações.
A partir daí, as porcentagens foram caindo: 36% em 2009 e 28% em 2015.
Em 2019, o PS voltou à liderança com António Costa, com 36% dos votos. Mas um escândalo de corrupção voltou a enfraquecer a sigla.
No ano passado, o total de votos foi de 28%. Agora, caiu para 23%.
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