Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Ministro israelense não perdoa evasiva de Lula

28.02.24 11:42

O ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, reagiu nesta quarta-feira, 28, à evasiva de Lula (PT) sobre a absurda comparação entre a ofensiva israelense em Gaza e o Holocausto de judeus na Segunda Guerra Mundial.

Na rede social X, antigo Twitter, o chanceler israelense reafirmou que não perdoará Lula até que ele peça desculpas por ofender a memória de 6 milhões de judeus.

“O presidente Lula em uma entrevista para o É Notícia [programa da RedeTV] ficou evasivo e disse: ‘Não falei Holocausto’.

Lula, você disse que a guerra justa de Israel contra o Hamas em Gaza é igual ao que Hitler e os nazistas fizeram com os judeus, e ofendeu a memória de 6 milhões de judeus assassinados no Holocausto. Não vamos esquecer, nem perdoar.

Envergonhe-se e peça desculpas!”, escreveu Katz, em português.

Além do recado a Lula, Katz publicou uma imagem, possivelmente produzida com o auxílio de inteligência artificial, em que um homem parecido com o petista segura um cartaz com a frase: “I didn’t say Holocaust” (Eu não disse Holocausto). Ao fundo da imagem, centenas de pessoas levantam bandeiras de Israel e do Brasil.

A desculpa esfarrapada de Lula

Buscando maneiras de tentar justificar a comparação entre a ofensiva militar israelense em Gaza e o Holocausto, Lula afirmou nesta terça, 27, que a declaração não se referia ao genocídio do povo judeu na Europa durante a Segunda Guerra.

“Primeiro que não utilizei nem a palavra Holocausto. Holocausto foi interpretação do primeiro-ministro de Israel [Benjamin Netanyahu]. Não foi minha”, disse o petista.

Palavras

De fato, Lula não utilizou a palavra “Holocausto” quando conversou com a imprensa durante viagem à Etiópia, em 18 de fevereiro.

Entretanto, ele falou sobre “quando Hitler resolveu matar os judeus”.

“Sabe, o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus, disse o petista na ocasião.

Ao usar um jogo de palavras para negar a declaração aloprada que deu, Lula comete desonestidade intelectual e amplia a crise diplomática que começou com Israel.

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  1. Nosso ilustrado presidente tenta distorcer o que disse sobre os holocausto, fazendo pouco da inteligência dos brasileiros e dos judeus. Não há como negar suas intenções de agredir Israel e seu povo e também a nós brasileiros. Quanto à invasão russa na Ucrânia, nada a declarar, contra o ataque terrorista do Hamas, nada a declarar, contra a eliminação de oponentes políticos na Rússia e na Venezuela, nada também. Sua predileção por terroristas, ditadores, corruptos faz parte de seu ideal.

  2. O que é uma desonestidade intelectual para quem é desonesto até quando dorme? E tenho que ver Bolsonaro na paulista depois de comemorar com seu staff e a família a soltura do descondenado. Quero os dois na cadeia

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