Maduro convoca militares da Colômbia contra EUA
O ditador venezuelano chamou os militares colombianos a formarem uma "união perfeita" com a Venezuela em defesa da "soberania" dos dois países
Em meio à pressão do governo Trump, o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, convocou na quarta-feira, 17, os militares da Colômbia a formarem uma "união perfeita" com a Venezuela em defesa da "soberania" dos dois países.
"E a maior garantia que temos de paz, estabilidade, respeito no mundo é a união. Por isso, meu apelo hoje, a 200 anos da aprovação da lei fundamental fundadora da Colômbia, a Grande, a 206 anos de ter sido fundada esta grande ideia, esta grande nação que se declarou república em armas e deu a liberdade completa à América do Sul. Faço meu apelo ratificado, com profundo amor de grande colombiano que me sinto, ao povo comum da Colômbia, aos seus movimentos sociais, às suas forças políticas, aos militares da Colômbia, que conheço muito bem, eu os chamo, à união perfeita com a Venezuela, para que ninguém ouse tocar a soberania dos nossos países e para exercer o ditame de Bolívar, de união permanente e de felicidade compartilhada", disse Maduro durante a entrega da sede da Sociedade Bolivariana da Venezuela, realizada no aniversário de falecimento de Simón Bolívar, libertador de vários países da América Latina.
Bloqueio a petroleiros na Venezuela
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou na terça-feira, 16, a imposição de um “bloqueio total e completo” a petroleiros que violassem as sanções comerciais dos EUA, tanto na chegada quanto na partida da Venezuela.
A decisão americana visa aumentar a pressão contra o regime.
Em resposta à decisão do presidente americano, Maduro ordenou a mobilização da Marinha da Venezuela para acompanhar navios-tanque que transportam petróleo e seus derivados.
Maduro conversou por telefone com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, para denunciar o que chamou de “escalada de ameaças” após o anúncio do bloqueio.
O ministério venezuelano das Relações Exteriores divulgou uma nota, criticando as declarações de Trump de que o petróleo e o território venezuelanos pertenceriam aos EUA. Maduro afirmou que tais declarações “devem ser categoricamente rejeitadas pelo sistema das Organizações das Nações Unidas, pois constituem uma ameaça direta à soberania, ao direito internacional e à paz”.
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