Hang quer impedir que provas de inquérito do STF sigam para o TSE
Assim como o presidente Jair Bolsonaro, o empresário Luciano Hang, dono da Havan, também tenta impedir que provas do inquérito sobre supostas ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal sejam compartilhadas com o Tribunal Superior Eleitoral, onde tramitam ações que investigam o suposto impulsionamento de fake news nas eleições de 2018. Hang foi um dos...
Assim como o presidente Jair Bolsonaro, o empresário Luciano Hang, dono da Havan, também tenta impedir que provas do inquérito sobre supostas ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal sejam compartilhadas com o Tribunal Superior Eleitoral, onde tramitam ações que investigam o suposto impulsionamento de fake news nas eleições de 2018.
Hang foi um dos alvos de buscas e apreensões da operação da Polícia Federal que alcançou a nata do bolsonarismo nas redes sociais, sob suspeita de ser um dos empresários financiadores dos disparos de fake news.
O ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação, determinou a quebra de sigilo do dono da Havan e de outros empresários apoiadores de Bolsonaro, desde julho de 2018, atingindo o período eleitoral.
A ação de investigação eleitoral que pede para que as provas do STF sejam compartilhadas com a corte eleitoral foi movida pelo PT. O pedido foi apresentado ao ministro Og Fernandes, do TSE, pelo ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão, que representa a coligação de Fernando Haddad.
Os advogados de Luciano Hang afirmaram ao TSE nesta sexta-feira, 5, que "não há nenhuma pertinência jurídica (e até mesmo lógica) na pretensão de aproveitamento de provas eventualmente produzidas naqueles autos".
"A verdade é que a coligação não foi capaz de demonstrar minimamente as afirmações da petição inicial e agora, após a instrução, pretende lançar a sorte em outros processos que não guardam nenhuma relação com este feito", afirma o advogado Murilo Varasquim, defensor de Hang.
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