Funcionários do Banco Mundial pedem suspensão de nomeação de Weintraub
A Associação de Funcionários do Banco Mundial enviou uma carta nesta quarta-feira, 24, ao presidente e ao vice-presidente da Comissão de Ética da instituição pedindo a suspensão da nomeação de Abraham Weintraub como diretor executivo do grupo, enquanto as suspeitas de racismo que pesam contra o ex-ministro brasileiro não forem avaliadas. Os servidores pedem, ainda,...
A Associação de Funcionários do Banco Mundial enviou uma carta nesta quarta-feira, 24, ao presidente e ao vice-presidente da Comissão de Ética da instituição pedindo a suspensão da nomeação de Abraham Weintraub como diretor executivo do grupo, enquanto as suspeitas de racismo que pesam contra o ex-ministro brasileiro não forem avaliadas.
Os servidores pedem, ainda, que Weintraub seja notificado pela Comissão de que os comportamentos dos quais ele é acusado no Brasil são “totalmente inaceitáveis” no Banco Mundial.
“Enquanto a sua nomeação foi condenada por diversos países, a Associação de Servidores entende que a escolha deste diretor executivo cabe ao Brasil, e apenas ao Brasil. Isto posto, nós podemos e devemos assegurar que o comportamento dos membros do Conselho sigam o Código de Conduta para Membros do Conselho, requerendo o mais alto nível de integridade e ética em suas condutas pessoais e profissionais”, diz a carta obtida por Crusoé, cujo teor e veracidade foram confirmados por uma fonte.
O documento cita o episódio de um tweet “carregado de racismo” publicado por Weintraub contra a China e também o inquérito que apura o suposto crime, aberto a pedido da PGR no STF. A carta lembra que Weintraub disse que “odeia o termo povos indígenas” na reunião ministerial do dia 22 de abril e que ele revogou cotas para estudantes afro-descendentes e indígenas na pós-graduação antes de deixar o MEC.
“O Banco Mundial acaba de tomar uma posição firme contra o racismo na nossa instituição. Isso significa um compromisso de todos os funcionários e membros do Conselho para denunciar o racismo onde nós o virmos”, conclui o documento.
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