Filha de González apela por libertação do marido: "Não tenho fé na vida"
Mariana González Tudares, filha do presidente eleito da Venezuela, disse não saber o paradeiro do marido sequestrado pelo regime de Maduro
A família do presidente eleito da Venezuela, Edmundo González Urrutia, ainda não tem informações de Rafael Tudares, genro do opositor, sequestrado às vésperas da posse ilegítima do ditador Nicolás Maduro.
No X, a filha de González, Mariana González Tudares, exige a libertação do marido.
"Hoje, 22 de janeiro, novamente peço a urgente liberação, por razões humanitárias, do meu esposo Rafael Tudares Bracho, pais dos meus filhos. Rafael foi sequestrado por funcionário do Estado em 7 de janeiro, na presença de nossos filhos. Já se passaram 15 dias desde seu sequestro", afirmou em 22 de janeiro.
Em vídeo, Mariana relatou o sofrimento de seus filhos.
"Não querem me dizer onde está Rafael. Não me deixam levar seus remédios. Não tenho fé na vida para tranquilizar-me e acalmar o sofrimento dos meus filhos", disse.
Sequestro
Em 7 de janeiro, González denunciou o sequestro de Tudares pelas forças do regime chavista.
Segundo o presidente eleito, seu genro estava deixando os filhos na escola, quando foi interceptado por homens encapuzados na presença dos próprios filhos.
“Esta manhã meu genro Rafael Tudares foi sequestrado. Rafael estava indo para a escola dos meus netos de 7 e 6 anos, em Caracas, para deixá-los no início das aulas, e homens encapuzados, vestidos de preto, o interceptaram, colocaram-no em um caminhão dourado, placa AA54E2C, e o levou embora. Neste momento ele está desaparecido”, escreveu o opositor no X.
Para a filha de González, a medida teve por objetivo retaliar politicamente o seu pai.
Na ocasião, o opositor afirmava que retornaria à Venezuela, em 10 de janeiro, para ser empossado.
Pressão política
Para o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), a captura de Tudares representou um ato de "pressão política".
“Exigimos a libertação imediata e incondicional de Rafael Tudares. A sua detenção ilegal é da responsabilidade do regime venezuelano e um novo e inaceitável ato de pressão política contra quem o Centro Carter e a comunidade internacional certificaram como vencedor nas eleições de Julho, algo que o regime continua sem refutar com provas“, escreveu no X.
Tudares é um dos mais 1.500 presos políticos na Venezuela, segundo revelou a ONG Foro Penal.
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