FGV tentou afastar promotores e se gabou de ‘poder extraordinário’
Antes de ser alvo do pedido de destituição do seu presidente e de cinco diretores por irregularidades em um contrato com o governo do Rio de Janeiro na gestão de Sérgio Cabral, a Fundação Getúlio Vargas tentou no Conselho Nacional do Ministério Público, o CNMP, afastar os promotores responsáveis por fiscalizá-la. Em uma petição encaminhada...
Antes de ser alvo do pedido de destituição do seu presidente e de cinco diretores por irregularidades em um contrato com o governo do Rio de Janeiro na gestão de Sérgio Cabral, a Fundação Getúlio Vargas tentou no Conselho Nacional do Ministério Público, o CNMP, afastar os promotores responsáveis por fiscalizá-la.
Em uma petição encaminhada ao CNMP em fevereiro, a FGV também chegou a se gabar de ter um “poder político extraordinário” que “em mãos erradas, pode gerar uma agressão sem precedentes para a democracia do país”.
“A FGV, ante sua atuação múltipla, que engloba desde a edição de índices financeiros, até desenvolvimento de projetos de segurança nacional junto às três armas do Brasil (foi a responsável pelo desenvolvimento de projeto do Submarino nuclear junto a Marinha), possui um poder político extraordinário, que jamais foi utilizado partidariamente e que, em mãos erradas, pode gerar uma agressão sem precedentes para a democracia do país”, diz a petição.
A FGV se diz perseguida pelos promotores e elenca uma série de ações praticadas por eles que teriam causado prejuízo financeiro e de imagem à entidade. A fundação sustenta que os representantes do MP teriam a intenção de desacreditá-la ao pedir a destituição de seus dirigentes.
Como mostrou Crusoé, entre 2017 e 2018 pelo menos 13 milhões de reais da FGV foram pagos para empresas cujos sócios são seus próprios diretores. Os valores não incluem os salários.
Entre os que receberam os pagamentos milionários da empresa estão o diretor técnico, Ricardo Pereira Simonsen, o diretor de Mercado, Sidnei Gonzalez, o diretor de Qualidade, Francisco Eduardo Torres Sá, o diretor executivo, Cesar Cunha Campos, e o diretor de Controle, Antônio Carlos Kfouri Aidar.
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Comentários (10)
Maria
2020-08-17 19:30:53O conselho da FGV que afaste estes diretores e conselheiros até tudo ficar esclarecido...
Jorge
2020-08-17 09:06:52BOLSONARO ATÉ QUANDO TEREMOS ESTAS SITUAÇÕES. NÃO O ELEGEMOS PARA ISTO...
Alberto
2020-08-16 17:34:44Alberto(Belém-Pa). Já q no país da corrupção não temos punição para a maioria dos integrantes das castas q se apossaram dos poderes da República e de suas instituições, só nos resta tomar conhecimento dos malfeitos desses salafrários através d publicações periódicas como Crusoé.Quantos malfeitos de autoridades ainda não estão encobertos e talvez nem venham à tona em virtude do cargo q o sacripanta exerce na Repúb. d bananas? Que Cusoé traga sempre à tona os vários "amigos do amigo de meu pai".
Gilberto
2020-08-16 15:27:44Provavelmente todas as estatais brasileiras sofreram algum tipo de desfalque financeiro, ainda mais com essa cultura de politico ter que estar metido em tudo. Esses politicos podres e seus parceiros que juntos fazem de tudo para se protegerem de serem investigados. Voces tem nocao que mais de 2 PIBs foram roubados do Brasil e como estariamos hoje com esse dinheiro colocado em educacao, saude, saneamento e seugranca? O Brasil for transformado no maior pais da impunidade do mundo, so 2022 agora.
ENDERSON
2020-08-16 13:16:55Em um ponto eles tem razão, com relação ao prestígio e a importância da FGV, que são inegáveis, o que não quer dizer que seus diretores estejam acima da lei! Em em caso de suspeita grave como este, o próprio Conselho da FGV deveria afastar temporariamente, até o término das investigações, os diretores citados!
Regina
2020-08-16 12:09:18Pelo jeito,a única opção para acabar com a corrupção é proibir as investigações!Sonho de td corrupto!
JOSEF
2020-08-16 11:27:03Agora compreende-se as costumeiras críticas do Prof. da FGV Oscar Vilhena, o sempre entrevistado de William Waack, contra os "abusos" da Lava Jato e afins.
Wilson
2020-08-16 10:57:03A FGV não é mais a mesma. Pagamentos por vias tortas, no mínimo estranhos, aos seus próprios diretores e adesão descarada ao "sabe com quem está falando" devem estar fazendo Gudin e Simonsen se revirar nos túmulos.
ADONIS
2020-08-16 10:39:48Fim das estatais e redução do estado. Apenas quando estas forem as metas do país reduziremos os casos de corrupção.
Rafael
2020-08-16 10:33:51Notícia do RJ = Corrupção