Waldemir Barreto/Agência Senado

Ex-superintendente da Saúde no Rio aciona Supremo contra quebras de sigilo

08.07.21 09:01

A defesa do ex-superintendente estadual do Ministério da Saúde no Rio George da Silva Divério pediu ao Supremo Tribunal Federal a anulação da quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático do coronel da reserva do Exército, estabelecida pela CPI da Covid.

Datado de 19 de maio, o requerimento, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (na foto, à direita), chancelado pela comissão, baseia-se em matérias jornalísticas que revelaram que Divério autorizou reformas de galpões na Zona Norte do Rio e da sede da pasta no estado, com dispensa de licitação, usando a pandemia do novo coronavírus como justificativa para a classificação das obras como urgentes.

A medida, porém, foi aprovada somente em 30 de junho, após o depoimento de Wilson Witzel à CPI. Na oitiva, o governador cassado do Rio afirmou que os hospitais federais do estado são “intocáveis” e “têm dono”.

O ex-juiz sugeriu que a comissão quebrasse o sigilo de ex-superintendentes do ministério para descobrir a quem ele se referia. Depois, em reservado, Witzel contou a senadores que falava sobre Flávio Bolsonaro. Os parlamentares esperam obter mais detalhes sobre o caso durante uma sessão secreta com o ex-chefe do Palácio Guanabara.

Divério representou o ministério em território fluminense entre 19 de junho de 2020 e 26 de maio de 2021. A defesa do ex-superintendente afirma que a quebra dos sigilos é desproporcional, uma vez que alcança dados dele referentes ao período entre janeiro de 2020 e junho deste ano.

A transferência de sigilo bancário, fiscal, telemático e de telefone do paciente, sem o esgotamento de diligências ordinárias de apuração, subvertendo por completo a utilização da expediente menos invasivos e mitigadores da privacidade e da intimidade do impetrante, que sequer foi convocado ou convidado para prestar os devidos esclarecimentos necessários à CPI da Pandemia“.  

Os advogados ainda refutaram as denúncias sobre supostas ingerências. “Destaca-se que o ora impetrante, então Superintendente do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, acolheu os pareceres opinativos dos órgãos técnicos e antes de se iniciar qualquer execução dos contratos ou ter sido realizado qualquer pagamento, determinou a anulação de ambos os processos, inocorrendo qualquer despesa pública”, argumentaram. 

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  1. Já passou da hora de o FUX tentar centralizar todos os recursos contra as medidas dessa CPI em uma das turmas do colegiado ou no próprio plenário do mesmo, e com observação de extrema urgência. Pois esse negócio de recorrer sempre ao supremo contra qualquer decisão tomada pela CPI já deixou claro q é tentativa de ganhar na loteria, visto q cada juiz tem a sua própria CF88 "fake" q usa para julgar segundo interesses escusos e sempre desrespeitando a jurisprudência do proprio STF.

    1. Com tanta demanda, ao ponto de 2 turmas e pareceres monocraticos, devemos agir para aumentar para 15 o número de ministros, 4 apontados pela sociedade, notório saber, conduta ilibada, profissionais sênior da carreira de juízes.

    1. Ele está tentando chegar a verdade, para isso servem as investigações. O que os investigados tem tanto a esconder? Vc tem mentalidade bovina mas ainda é um ser humano, se esforça ai no tico e teco para tentar compreender que o mais importante para brasileiros, eleitores do bozo ou não, é chegar na verdade. Não adianta fazer curso intensivo com petistas em como defender o político bandido corrupto de estimação, pois isso é passar vergonha e enxugar gelo.

    1. Que tudo venha à tona, não tenho políticos de estimação, temos funcionários muito bem pagos, e exijo honestidade e lisura em suas ações. Cadeia à todos os corruptos!!!!

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