Ex-assessor da Saúde, coronel nega oferta de propina em jantar e vínculo com Bolsonaro
Ex-assessor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, o tenente-coronel Marcelo Blanco (foto) negou que o ex-diretor da pasta Roberto Dias tenha exigido propina para a compra de vacinas em um jantar com o policial militar Luiz Paulo Dominguetti do qual ele também participou, em fevereiro, em um restaurante em Brasília. "O encontro houve,...
Ex-assessor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, o tenente-coronel Marcelo Blanco (foto) negou que o ex-diretor da pasta Roberto Dias tenha exigido propina para a compra de vacinas em um jantar com o policial militar Luiz Paulo Dominguetti do qual ele também participou, em fevereiro, em um restaurante em Brasília.
"O encontro houve, o pedido não houve. Afirmo de forma categórica que não houve pedido", disse Blanco a Crusoé. Exonerado do cargo a pedido em janeiro deste ano, o coronel também negou ter qualquer relação com o presidente Jair Bolsonaro e influência na indicação de diretores de hospitais federais no Rio de Janeiro, seu estado de origem.
"Nunca estive com nenhum dos filhos do presidente Bolsonaro e com o presidente Bolsonaro eu estive uma única vez, que foi na solenidade de posse do ministro (Eduardo) Pazuello, junto com tantos outros convidados", afirmou Blanco, que atuou como diretor substituto de Logística do Ministério da Saúde e será ouvido pela CPI da Covid no Senado na próxima semana.
Como mostrou Crusoé em sua mais recente edição semanal, a CPI suspeita que Blanco possa ter sido um dos homens de Bolsonaro no Ministério da Saúde, inclusive sendo o fiador da indicação de nomes para hospitais federais no Rio. "Não conheço nenhum diretor de hospital federal. Apesar de ser carioca e de ter morado lá, eu nunca entrei em qualquer hospital federal do Rio", rebateu.
O coronel afirmou que apenas apresentou Dominguetti ao então diretor de logística Roberto Dias para uma possível negociação de venda de vacinas da AstraZeneca e que sua relação com o policial militar que se apresenta como representante da empresa americana Davati para a venda de imunizantes ao Brasil estava relacionada à compra de insumos para o setor privado, para o qual começou a trabalhar após deixar o ministério, em janeiro deste ano.
"Ele (Dominguetti) queria enviar a proposta ao diretor logístico. Eu peguei os e-mails institucionais e entreguei a ele. Foi só isso o que aconteceu. Só que ele ficava me ligando o tempo todo perguntando: 'E aí, por que o documento está parado'. Estão querendo me dar uma importância que nunca existiu", disse Marcelo Blanco, que é militar da reserva do Exército.
Segundo ele, a aquisição de vacinas da AstraZeneca por meio da Davati "nunca prosperou porque a empresa e o Dominguetti jamais entregaram o conjunto de documentos probatórios que justificasse a instauração pelo Ministério da Saúde de um procedimento formal ". Blanco afirmou que o PM não tinha a documentação necessária "nem para o público nem para o privado".
Sobre as mensagens extraídas do celular de Dominguetti pela CPI nas quais Blanco se refere ao pagamento de “1 milhão de dólares”, o coronel disse que o assunto não tinha nenhuma relação com a compra de vacinas, mas com um negócio envolvendo criptomoedas que o PM teria proposto a ele.
"Sinceramente, não sei o que o levou a criar essa história absolutamente surreal (do pedido de propina). Cabe à investigação responder a essa pergunta. Ele não apresentou nenhuma prova. Basta ver a vida pretérita dele (Dominguetti) para conhecer o perfil", ressaltou Blanco.
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Comentários (10)
ANTONIO
2021-07-11 17:37:54Vixe que balaio de gatos. Queiroga tem mandar todo mundo pra rua e começar do zero.
Alfredo
2021-07-11 13:56:59só quem acredita em papai Noel não aceita que o cabo (faltou o sargento) participou de uma trama do lado b do desgoverno bolsonero para entregar o comando do cofre da saúde para a máfia militar. ATENÇÃO O JOINHO DAS FFAA. SENHOR BRAGA BROTHER BOLSO.
LUIZ
2021-07-11 10:41:25Agora o coronel não conhecia o cabo. O coronel do Exército, Acima de Qualquer Suspeita (já vi filme com esse título), leva para um encontro com um representante do (des)Governo Federal, um cabo interiorano de Alfenas, da PM de Minas Gerais, que "não tinha a documentação necessária". Se não tinha credenciais ou documentação necessária, como se "misturou" com ele? Essa explicação não é de um coronel, é, com todo o respeito, explicação de soldado, apelidado de "reco", recém incorporado
Jose
2021-07-11 09:39:47Muito estranho. O cara tinha um negócio de criptomoedas com o denunciante. Não soa estranho? Uma vez sócios, sempre sócios!
Leandro da silva terra seca
2021-07-11 08:58:44Mais uma história q não fecha. Ele é Dominguette devem cumprir uma cadeia legal e devolver com juros os desvios q se apurar, devem ser muitos.
Clarisse
2021-07-11 08:55:46Mas está claro que esse Dominguetti é aloprado. É só apurarem com os diretores dos hospitais , que normalmente são médicos sérios se esse coronel tinha toda essa influência! Qta perda de tempo nessa CPI!
Humberto
2021-07-10 22:10:11Tudo vagabundo mentiroso, ele vai dizer que é comunista infiltrado , sempre foi petista mortadela , como o bozo não pode cuidar de tudo, não sabia que ele estava infiltrado no MSaude!!!!!
DALVO JOSÉ ROSSI
2021-07-10 21:07:26Mais um santo no governo #Boçalnaro. Este é um governo composto por santos e boçais.
PAULO
2021-07-10 19:48:43Coronel, tenha vergonha na cara. Quem vai acreditar nesta historinha para boi dormir? IGNORÁVAMOS A CORRUPÇÃO neste governo, até porque ocorreu o aparelhamento das instituições. Mas a CPI está fazendo um grande trabalho para o Brasil, trazendo à tona o QUE DEVEMOS SABER, E SABEREMOS, pode estar certo disso. Sair do Ministério para montar empresa, negociata durante um chopinho, 1 milhão em criptomoedas...E nós brasileiros, pagadores de impostos, tomando conhecimento dessa pouca vergonha.
Odete6
2021-07-10 19:41:42Quero esse cozinheiro pra presidente!!!! 😆😆😆😆😆😆😂😂😂😂😂😂👉👉👉👉👉👉👉👉 https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2021/07/10/interna_politica,1285459/cozinheiro-e-preso-apos-reclamar-de-precisar-cozinhar-para-bolsonaro-no-rs.shtml