Adam Schultz / Casa Branca via FlickrJoe Biden se reúne com seus secretários para discutir bombardeio em Israel

EUA querem distância de retaliação israelense

15.04.24 11:59

Após o inédito bombardeio do Irã ao território israelense, neste sábado, 13, os Estados Unidos indicaram que não retirarão o apoio estratégico ao governo de Benjamin Netanyahu — mas também não apontam para mais do que isso. Pública e reservadamente, Washington pede para que Tel Aviv não acelere uma retaliação contra Teerã, o que poderia escalar ainda mais o conflito no Oriente Médio.

O presidente americano Joe Biden chegou a ligar para Netanyahu após o ataque — interrompendo semanas de distanciamento nas relações entre os dois governos. O líder americano sugeriu que Netanyahu considere a resposta de sábado uma vitória, que teria demonstrado as “notáveis capacidades [de Israel] em se defender e derrotar até ataques sem precedentes”. 

De fato, o ataque com mísseis e drones vindos do Irã causou poucos danos e foram quase todos abatidos em pleno ar, em parte pela demora dos veículos e mísseis chegarem ao território israelense.

Apesar disso, Washington entende que o ataque iraniano muito provavelmente levará a uma escalada de tensão na região. Apesar do apoio de países árabes como Arábia Saudita e Jordânia a Israel no sábado, não é certo que este alinhamento se dará em caso de uma guerra ser aberta entre os dois países.

O governo do aiatolá Ali Khamenei justificou o envio de drones e mísseis balísticos e de cruzeiro como resposta a um ataque israelense ao consulado de Teerã na Síria, matando um alto líder militar do país.

Outra consequência foi vista no Congresso americano. Após o fim do bombardeio, o presidente da Câmara, Mike Johnson (Republicano-Louisiana) indicou que a Casa deve votar um novo lote de sanções ao Irã, além de ressuscitar um pacote de ajuda financeira à máquina de defesa israelense.

O G7, grupo das nações mais ricas do planeta, saiu em defesa de Israel. “Exigimos que o Irã e seus representantes cessem seus ataques, e estamos prontos para tomar maiores medidas para desestruturar iniciativas”, garantiu a nota.

Leia mais em Crusoé: Ataque iraniano falhou, mas foi feito para dar certo

 

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