Em discurso conciliatório com afagos à imprensa, Fábio Faria fala em 'pacificar o Brasil’
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, fez um discurso com tom conciliatório durante sua posse, na manhã desta quarta-feira, 17. A solenidade foi realizada no Palácio do Planalto e contou com a presença de autoridades como os presidentes do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli; da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia; e do Superior Tribunal de...
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, fez um discurso com tom conciliatório durante sua posse, na manhã desta quarta-feira, 17. A solenidade foi realizada no Palácio do Planalto e contou com a presença de autoridades como os presidentes do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli; da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia; e do Superior Tribunal de Justiça, João Otávio Noronha. O presidente Jair Bolsonaro também defendeu “harmonia e independência” entre os poderes durante a solenidade.
Eleito deputado federal pelo PSD, Fábio Faria citou o presidente de seu partido, Gilberto Kassab, fez aceno a presidentes de empresas de televisão e saudou Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação da Presidência da República que virou secretário-executivo do Ministério das Comunicações. “Vai trabalhar comigo numa vertical de comunicação e tenho certeza de que faremos um bom trabalho juntos”, disse Faria sobre Wajngarten.
Em seu discurso, o novo ministro lembrou a importância das comunicações durante a pandemia e citou a necessidade de uso da internet em escolas, atividades de teletrabalho e também da telemedicina. “A tramitação digital de processos manteve a máquina pública em funcionamento”, argumentou. “É prioritário, no entanto, fazer o processo de inclusão digital tramitar a passos largos”.
“O grave momento exige de nós uma postura de compreensão, de diálogo. Se é tempo de levantarmos a guarda contra o coronavírus, é hora também de um armistício patriótico e de deixarmos a arena eleitoral para 2022”, defendeu Fábio Faria.
“É preciso, sobretudo, respeito e que deixemos as nossas diferenças político-ideológicas de lado para enfrentarmos esse inimigo invisível comum que, lamentavelmente, tem tirado a vida de milhares de pessoas e gerado danos incalculáveis à economia. É hora de pacificar o país”, afirmou o ministro recém-empossado.
Ao contrário da postura de embate de Wajngarten com a mídia, Fábio Faria também demonstrou interesse em uma postura pacificadora com a imprensa. Elogiou “a força e a abrangência” da TV aberta, “o dinamismo” da televisao fechada, e os jornais, “que tanto ajudam a aprofundar as reflexões da sociedade”. Segundo ele, a adoção da tecnologia do 5G e as relações com a mídia serão prioridades da pasta.
Fábio Faria fez diversos elogios ao presidente Jair Bolsonaro e disse que foi um de seus 57 milhões de eleitores. “O senhor é um inovador na comunicação direta, fala com a população por meio de suas redes sociais e foi o primeiro a perceber esse movimento digital espontâneo que mudaria o Brasil”, disse o ministro ao presidente da República.
Assim como tem feito nos últimos dias, desde as operações policiais que miraram em aliados do governo, Jair Bolsonaro discursou com recados que pareceram direcionados ao Judiciário. “Não são as instituições que dizem o que o povo deve fazer, e sim o contrário, o povo que diz o que as instituições devem fazer”.
O presidente defendeu “harmonia e independência” entre os poderes. “Temos compromisso, todos nós, de honrar a Constituição e respeitá-la para o bem comum. Respeitando cada artigo da nossa Constituição, atingiremos nosso objetivo para o bem de todos”.
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