Em diálogo, hacker mostrou acreditar que não seria preso
As investigações da Polícia Federal sobre o grupo que organizou ataques a contas de Telegram de centenas de autoridades mostram que o hacker Walter Delgatti Neto (foto), conhecido com Vermelho e um dos principais envolvidos no esquema, não acreditava que seria pego. A manifestação de confiança de Delgatti foi encontrada em um diálogo no aplicativo...
As investigações da Polícia Federal sobre o grupo que organizou ataques a contas de Telegram de centenas de autoridades mostram que o hacker Walter Delgatti Neto (foto), conhecido com Vermelho e um dos principais envolvidos no esquema, não acreditava que seria pego.
A manifestação de confiança de Delgatti foi encontrada em um diálogo no aplicativo Telegram após perícia da PF em seu celular. Como mostrou Crusoé, ao contrário do que pensava Vermelho, a PF não só o prendeu e a seus companheiros, como já sabe que o grupo tentou vender as mensagens em mais de uma ocasião.
Na conversa, do dia 22 de julho, Delgatti troca mensagens com o interlocutor identificado como "Crash Overlong", um dos apelidos utilizados pelo programador de computadores Thiago Eliezer dos Santos, conhecido como Chiclete e revelado por Crusoé como um dos mentores de Vermelho.
Com o nome de usuário "E agora José?", Delgatti pergunta a Chiclete sobre a viagem do ministro da Justiça, Sergio Moro, aos Estados Unidos, naquele mês: "OW (sic) Moro ia ficar quatro dias. Não voltou até hoje, Se viu (sic)?". Em resposta, Chiclete, que possui mais experiência que Vermelho em computação, indaga se o ministro teria descoberto algo sobre os hackers. "Vi não. Descobriu algo lá será? Dos hackers".
Vermelho então comenta: "Ele tá com medo. Isso sim. Hacker aqui não deixa rastros, hacker de hacker. Você não entendeu ainda. Quem nasceu pra ser Crash-Overlong nunca vai ser hacker aqui". A expressão "hacker aqui" foi utilizada por Vermelho após invadir um grupo de Telegram de integrantes do Conselho Nacional do Ministério Público, em junho. No trecho do diálogo analisado pela PF, não aparece nenhuma outra manifestação de Chiclete.
Além da conversa sobre o ministro da Justiça, a PF também identificou mensagens de Delgatti que indicam sua atuação em fraudes bancárias e na venda de itens de jogos eletrônicos na internet. Os investigadores suspeitam que as operações seriam uma forma de lavar dinheiro.
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Comentários (3)
PAULO
2019-10-01 15:37:14A Polícia Federal é um ESPETÁCULO. Parabéns a todos os "craques" à serviço do Brasil.
JAT
2019-10-01 14:29:46Valeu Gloria acertou na mosca. Essa bandeira está sendo pisada pelos .............................. sim é isso aí mesmo. Não tem mais jeito.
Glória
2019-09-30 17:58:38Troquem o dístico da bandeira: em vez de Ordem e Progresso escrevam: “Nóis Num Vai Preso“. É a nova ordem do país .