Dois pesos, duas medidas: nos estados, bolsonaristas barram CPIs
Desde que a CPI da Covid virou uma ameaça real ao seu governo, o presidente Jair Bolsonaro não tem medido esforços para que a comissão investigue também a atuação dos governadores e prefeitos durante a pandemia, como forma de equilibrar o jogo e evitar maiores desgastes para ele. O discurso, no entanto, contrasta com a...
Desde que a CPI da Covid virou uma ameaça real ao seu governo, o presidente Jair Bolsonaro não tem medido esforços para que a comissão investigue também a atuação dos governadores e prefeitos durante a pandemia, como forma de equilibrar o jogo e evitar maiores desgastes para ele.
O discurso, no entanto, contrasta com a atuação de deputados e vereadores bolsonaristas nas assembleias legislativas e nas câmaras municipais. Contrariando a narrativa de Bolsonaro, os parlamentares ligados ao presidente têm tido papel preponderante para barrar as comissões parlamentares de inquérito.
Há dois casos ilustrativos. No Amazonas, estado governado pelo aliado do Planalto Wilson Lima, do PSC, parlamentares de oposição tentam emplacar uma CPI justamente para apurar o uso da verba federal enviada ao estado. Porém, a bancada governista, composta principalmente por apoiadores do presidente da República, tem conseguido brecar a investigação.
“O governador tem se empenhado muito contra a CPI porque quer evitar desgastes. Para isso, está distribuindo cargos e secretarias com o objetivo de barrar a investigação”, conta o deputado estadual Dermilson Chagas, do Podemos, um dos autores do requerimento para investigar as suspeitas de desvio.
No Distrito Federal, a base que apoia o governador Ibaneis Rocha e o presidente Jair Bolsonaro manobra para impedir a instalação de uma versão local da CPI da Pandemia. Apesar de ter assinaturas suficientes, a comissão não foi instalada.
Autor do pedido, o deputado distrital Leandro Grass, da Rede, afirma que a atuação dos bolsonaristas da Câmara Legislativa foi fundamental para impedir a abertura da investigação. “Parlamentares alinhados ao presidente sequer assinaram o requerimento. Além disso, o presidente da Câmara Legislativa, do partido do governador, mesmo com os requisitos preenchidos, insiste em não instalar a CPI”, diz Grass.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (9)
Ruy
2021-04-26 11:33:14Crusoé (ou Helena), vc devia ter dito que, em um país respeitador das leis, o PR não poderia ter sido excluído do Combate ao virus chines pelo STF. Como assim o fizeram, como podem agora culpá-lo do que foi proibido de fazer ???
Jose
2021-04-19 07:42:58Onde estão os muares bozistas para explicar este paradoxo? Kkkkkkkkkkkk. Já sei, já sei, o dono deles os proibiu de dar explicações sobre os aliados sob pena de perderem o colonião diário. Bozistas são seres decrépitos e delinquentes.
MARCELO
2021-04-19 01:08:30Enfim, a hipocrisia.
Edgar
2021-04-18 19:28:54Essa é novidade pra mim. Tudo deve ser esclarecido, não importando de que partido é. Se há suspeita, deve ser apurada.
José
2021-04-18 14:51:33Cara Helena, Com muito respeito gostaria de colocar que o ditado usado no título é: “Um peso e duas medidas “. Significa que uma mesma coisa, uma mesma atitude, é tratada de maneira diferente, dependendo do interesse do momento.
Berenice
2021-04-18 14:22:07Assim como soltaram o bandido e querem prender o mocinho , agora querem investigar quem mandou o dinheiro ao invés de quem roubou ! Surreal
Ulrich
2021-04-18 12:58:35Se fosse mais inteligente, o sr. presidente não enquadraria os governadores, porque serão aqueles mais próximos de sua agenda que terão pecado na resposta à epidemia e no uso de recursos federais.
Jaime
2021-04-18 12:21:50"Dois pesos, duas medidas" está correto. O que NÃO estaria correto seria: "Dois pesos, uma medida".
Palhaço Bozo
2021-04-18 11:40:13Essa é a nova política que os bovinos tanto arrotam por aqui?