Ditadura de Maduro censura TikTok por seis horas
Jovens venezuelanos relataram bloqueio do aplicativo por parte do regime chavista
Usuários do TikTok relataram um novo episódio de censura na Venezuela, em meio à pressão sobre o regime chavista.
Desta vez, a ditadura de Nicolás Maduro bloqueou a operação do aplicativo chinês por seis horas na manhã desta terça-feira, 7.
No X, os usuários informavam que o TikTok só poderia ser acessado através de um "VPN" (Rede Virtual Privada).
Através da ferramenta, uma conexão disfarça o real endereço IP para tornar sua localização invisível e poder acessar conteúdos bloqueados.
Muitos jovens venezuelanos usam a rede social para informar-se sobre as notícias do país.
Em 10 de janeiro, Maduro será empossado mesmo após a vitória do presidente eleito Edmundo Urrutia González.
Multa
No fim de 2024, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) aplicou uma multa de R$ 10 milhões ao TikTok por "não implementar medidas que impediam a propagação de desafios virais".
Membros do governo afirmavam que os conteúdos causaram a morte de três pessoas.
Na ocasião, o número 2 de Maduro, Diosdado Cabello, defendeu a censura das redes sociais:
Chegará o momento em que teremos que regulamentar o uso das redes sociais. Qualquer um pode gritar, mas não vamos entregar o futuro deste país aos psicopatas", afirmou em seu programa de TV "Con El Mazo".
Cabello disse que as redes sociais promoveram uma espécie de desafio para as crianças envenenarem umas as outras:
“ Tivemos cinco eventos nas últimas duas semanas. Cinco eventos baseados no que as redes chamam de desafios. Eles postam mensagens e promovem a participação dos jovens de lá", afirmou.
Bloqueio do X
Em agosto do ano passado, Maduro implementou restrições a sites, entre eles a rede social X, do empresário Elon Musk.
O ditador publicou um vídeo em que acusava o bilionário de violar as leis venezuelanas.
Na ocasião, os membros do regime afirmaram que Musk estava por trás de um suposto ataque cibernético ao sistema eleitoral venezuelano e utilizar as redes sociais para impulsionar conteúdos contrários às instituições do país.
Segundo as autoridades, a punição duraria por dez dias.
As restrições, contudo, ainda seguem vigentes no país.
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