Depois de renunciar, Mujica tenta voltar ao Senado uruguaio
O ex-presidente do Uruguai José Mujica (foto), renunciou ao seu cargo no Senado no dia 14 de agosto do ano passado. "Os motivos são pessoais, eu diria que se trata do cansaço de uma longa viagem", explicou Mujica em uma carta para a presidente da casa, Lucía Topolansky, mulher dele. Nas eleições deste domingo, 27,...
O ex-presidente do Uruguai José Mujica (foto), renunciou ao seu cargo no Senado no dia 14 de agosto do ano passado. "Os motivos são pessoais, eu diria que se trata do cansaço de uma longa viagem", explicou Mujica em uma carta para a presidente da casa, Lucía Topolansky, mulher dele.
Nas eleições deste domingo, 27, porém, o ex-presidente, hoje com 84 anos, tentará retomar o posto. Ele encabeça a lista de candidatos de seu partido, o Movimento de Participação Popular (MPP), que integra a coalizão de esquerda Frente Ampla.
"Apesar de sua popularidade ter diminuído um pouco no conjunto do eleitorado, ele continua sendo referência para uma boa parte da esquerda uruguaia", diz o cientista político Antonio Cardarello, da Universidade da República, em Montevidéu. "Ele se dirige às classes mais populares em uma linguagem simples e isso permite uma sintonia especial com o povo."
Sobre o aumento da criminalidade no país, um dos principais temas desta campanha e que está tirando votos da Frente Ampla, Mujica disse: "Foi tudo para al carajo. Roubam até a mãe! Não é um problema do Uruguai, o epicentro está no mundo rico".
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Comentários (10)
Uira
2019-11-01 22:41:05Primeiro é necessário encontrar os problemas, para aí sim se encontrar as soluções. Se não há problemas, então pq são necessárias soluções?
Uira
2019-11-01 22:37:08Para o ciclo ser rompido é necessário o que: o fim do capitalismo. Enquanto ele não ocorre, a esquerda anda em círculos e, sempre que alguma coisa vai errado, antes de olhar para seu próprio umbigo, ela olha para o umbigo do capitalismo. Quem conhece a mentalidade americana sabe que eles não se dão por vencidos diante das chances escassas, a diferença entre aquele que quer ser vencedor e aqueles que irá desistir diante do primeiro obstáculo começa por aí.
Uira
2019-11-01 22:34:04A culpa é sempre do capitalista, pois o trabalhador é explorado e não tem possibilidade alguma de sair da relação de exploração. Portanto, tem-se o ciclo que nunca se acaba, o capitalista detém os meios de produção e, assim, explora os trabalhadores que, assim, não podem ter acesso aos meios de produção e, assim, são explorados pelos capitalistas que detém os meios de produção e, assim, exploram os trabalhadores que, assim, não podem ter acesso aos meios de produção.
Uira
2019-11-01 22:31:34Aí o problema será o novo -ismo, seja lá qual for, e o ciclo se reiniciará. Uma coisa que qq pessoa mais ou menos sensata é obrigada a aprender ao se aventurar no mercado é que falhar não é uma opção, mas uma certeza. Cedo ou tarde o tombo virá, então o importante não é tentar evitá-lo, mas se preparar para levantar o mais rápido possível para quando ele vier. O discurso da esquerda é totalmente incompatível com este tipo de mentalidade, é superprotetor e paternalista.
Uira
2019-11-01 22:28:40Senão sempre se andará em círculos, o problema é o capitalismo, mas se ele não acabar, então eu não posso implementar as coisas que eu quero implementar. A esquerda anda, anda e sempre termina no mesmo lugar: tem que acabar com o capitalismo. Se continuar na dependência disto, então nunca vai sair do lugar se ele não acabar. Ou dependendo ele até vai acabar, mas isto não significa que os desejos da esquerda finalmente se realizarão.
Uira
2019-11-01 22:25:21Outra coisa que a esquerda precisa fazer tb é parar de olhar para o umbigo alheio e passar a olhar para o próprio. Todo o discurso de capitalismo e imperialismo são, antes de mais nada, desculpas esfarrapadas para não assumir os próprios erros. Quem quer mudar não fica inventando desculpas, mas busca corrigir seus pontos fracos, os outros são os outros, se vc não pode mudá-los, isto não significa que vc não possa mudar.
Uira
2019-11-01 22:22:04Uma vez que se faça isto, então o passo seguinte é identificar o que não saiu conforme o planejado e começar a se pensar em como os problemas podem ser corrigidos. Se nada, nem ninguém nesta vida é perfeito, então tudo, absolutamente tudo sempre terá margem para ser aprimorado. Pq Lula se contentou com o sucesso do bolsa-família e parou nele? Pq não tentou fazer outros programas que tivessem a mesma taxa de sucesso? Repousar sobre os louros conquistados é pedir para ser derrotado.
Uira
2019-11-01 22:17:04Hj certamente há uma série de demandas e objetivos que sequer poderia ser contemplados no século XIX. Se ao longo deste tempo a esquerda reviu sua agenda de prioridades, então pq é que ela não pode fazer o mesmo com os seus conceitos e princípios, no mínimo adaptando-os à realidade atual com seus desafios e novas possibilidades? O primeiro passo para realizar uma transformação é para o processo de negação, isto é praticamente um verdade universal.
Uira
2019-11-01 22:12:28Se a mera possibilidade de penas mais severas em caso de reincidência no cometimento de crimes for suficiente para conter a criminalidade, então tal coisa não poderia no mínimo ser avaliada e implementada por um período de teste, ao invés de se agarrar ao discurso e à aura prevalecentes? Se as condições de vida no século XIX eram muito piores do que hj, a esquerda já não cumpriu o papel que tinha sido estabelecido lá e deveria dar seu trabalho por finalizado?
Uira
2019-11-01 22:06:10Qq coisa científica não se baseia em planejar, implantar, acompanhar, medir, analisar, corrigir, pq isto não deveria se aplicar ao socialismo científico. Se o objetivo da esquerda é reduzir a pobreza sem impedir a geração de riqueza, então o que é necessário para isto? Quais medidas públicas e quais os efeitos necessários para que isto seja possível? Se o objetivo é criminalidade baixa sem precisar de punições severas, então o que é necessário?