Depois de Lula, PT apoia Sergio Massa
O Partido dos Trabalhadores (PT) oficializou, nesta segunda-feira (6), o apoio institucional à candidatura de Sergio Massa (foto) à presidência da Argentina. O atual ministro da Fazenda peronista — que coordena a economia de um país com inflação anual de 140% ao ano — concorre contra o libertário Javier Milei no segundo turno da eleição...
O Partido dos Trabalhadores (PT) oficializou, nesta segunda-feira (6), o apoio institucional à candidatura de Sergio Massa (foto) à presidência da Argentina. O atual ministro da Fazenda peronista — que coordena a economia de um país com inflação anual de 140% ao ano — concorre contra o libertário Javier Milei no segundo turno da eleição no próximo dia 19.
Na nota, assinada pela presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, e pelo secretário de Relações Internacionais do PT, Romênio Pereira, a legenda serve uma das especialidades da casa: o "nós contra eles".
"Dois projetos de sociedade se enfrentam: um, representado pela candidatura presidencial de Sergio Massa, de perfil democrático e popular, com um programa de governo de desenvolvimento e justiça social; e outro, do candidato Javier Milei, representando a extrema-direita e o ultraneoliberalismo econômico do salve-se quem puder", escreve o partido.
Por isso, diz não hesitar em sua escolha. "Defendemos a integração regional para trazer a justiça social, a paz, a democracia e um projeto de desenvolvimento que coloque nossa região de maneira soberana no concerto das nações", escrevem, "num mundo cada vez mais complexo em que todos os dias a democracia e a paz mundial estão em risco."
Apesar do desejo de "soberania no concerto das nações", o partido faz exatamente o que seu líder máximo, o presidente Lula, já andou fazendo: se intrometer nas eleições de um país vizinho. Às vésperas do primeiro turno, sentindo a chance de vitória de Milei crescerem, o petista encaminhou seus marqueteiros para Buenos Aires — entre eles, o prefeito de Araraquara e ex-Secom de Dilma Rousseff, Edinho Silva. Ministros também estiveram lá.
Nenhuma ação falou mais alto, no entanto, que o empréstimo de 1 bilhão de dólares (4,9 bilhões reais na cotação atual) feito pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF) ao governo argentino, com o que teria sido uma intervenção direta do presidente brasileiro. O empréstimo garantiu que o governo argentino `de Alberto Fernández (um amigo pessoal de Lula) pudesse respirar às vésperas da eleição.
No entanto, o governo brasileiro do PT muito tem a temer com a eleição de MIlei — além, obviamente, da dificuldade de alinhamentos em termo de ideologia. Com um perfil anti-establishment, Milei pode perder o interesse no Mercosul a tal ponto que o mercado comum se torne inviável. Mais que isso, pode jogar a entrada do país no Brics, bloco que o Brasil se orgulha em ter fundado, no lixo.
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Comentários (1)
MARCOS ANTONIO RAINHO GOMES DA COSTA
2023-11-06 12:03:12SE O PT ESTÁ APOIANDO....CORRE QUE É FURADA.