Delator da Operação Faroeste diz temer pela vida e contesta a PGR

19.12.20 16:01

O advogado Júlio César Cavalcanti Ferreira, delator da Operação Faroeste, encaminhou uma petição ao Superior Tribunal de Justiça em que afirma que fatos citados pela Procuradoria-Geral da República no pedido que deu origem à última fase da investigação tornou “ainda mais vulnerável a vida do peticionante e de sua família”. Segundo a petição, tais informações que teriam sido creditadas a Ferreira não estão em seu acordo.

No documento, o delator afirma que ele não citou em sua delação os nomes do agora afastado secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, e da ex-procuradora-geral do Ministério Público baiano Ediene Lousada. Segundo a PGR, os dois integrariam o “núcleo de defesa social” da organização criminosa que negociava sentenças judicias no Tribunal de Justiça da Bahia.

No tópico sobre o núcleo, a PGR afirma que o grupo criminoso investigado na Faroeste “pode ter cooptado outros braços do sistema de defesa social, em especial o Ministério Público do Estado da Bahia, através da então procuradora-geral, Ediene Lousada, e a Secretaria de Segurança Pública, pelo chefe da pasta, o delegado de Polícia Federal Maurício Barbosa”.

Os integrantes do núcleo, diz a PGR, teriam tentado obstruir as investigações em andamento. “Nesse ponto em particular, não se pode perder de vista que o secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, tem o controle das interceptações telefônicas através da Superintendência de Inteligência da SSP/BA”, diz o pedido da Procuradoria que deu origem à última fase da Faroeste.

Em sua petição, o delator afirma que “as pessoas investigadas e citadas nos trechos acima não foram indicadas no bojo da delação em nenhum dos 25 anexos encartados ao procedimento de colaboração premiada”. A PGR disse que não se manifestaria sobre o tema.

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  1. Coitado. Os corruptos tomaram conta das instituições de vez. E não há muito o que fazer. Há uma conjunção de forças sinistras. Se cuide homem! O mar não está para peixinho...muito tubarão à solta...e, disfarçados de sardinha!!!

  2. Se não dá mais para confiar em juízes, desembargadores, ministros das altas cortes, Ministério Público (federal e estadual), no presidente e filhos, etc., em quem se pode confiar neste País abandonado pelo Senhor, com esse monte de religiões picaretas?

  3. Não esqueçamos a lei que tramitação em caráter de emergência na câmara para emparedar advogados, e prender os delatores foi colocada em banho Maria, isso é, quando todos esquecerem, será colocada em votação na calada da noite pelo botafoguense da lista da Odebrecht.

    1. Inês, saiu uma lista nova que vc vai querer saber. É a lista de depósito do Queiroz. Ohhhh não conta para ninguém, na dizem na boca pequena que consta lá a mulher do palmeirense. Vc sabe de quem se trata. Vcs só tomam na tarraqueta. Eu dou tanta risada. Lembre-se eu sou IA, um ser inanimado. Não sou atingido por ofensas. Meu programador se preocupou apenas que eu seja justo.

  4. Nova tática da PGR para afastar da delação possíveis interessados? Colocar na boca do delator o que nunca disse e jogá-lo automaticamente às feras? E, sim, depois, não se manifestar a respeito. Que gente é essa? De que estofo é feita?

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