Delator pede suspensão de ação contra Alckmin em que também é réu
O delator Benedicto Júnior, ex-presidente de Infraestrutura da Odebrecht, pediu à Justiça de São Paulo a suspensão da ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Estadual no ano passado contra o ex-governador Geraldo Alckmin (foto), do PSDB. Na ação, Benedicto e outros três ex-executivos da empreiteira também são réus. Na petição enviada no dia...
O delator Benedicto Júnior, ex-presidente de Infraestrutura da Odebrecht, pediu à Justiça de São Paulo a suspensão da ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Estadual no ano passado contra o ex-governador Geraldo Alckmin (foto), do PSDB. Na ação, Benedicto e outros três ex-executivos da empreiteira também são réus.
Na petição enviada no dia 24 à juíza Juliana Pitelli da Guia, da 13.ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, o ex-executivo argumenta que a promotoria paulista usou na ação "narrativas fáticas" e "provas de corroboração" que foram apresentadas em sua delação premiada, mas sem aderir aos acordos de leniência e de colaboração que foram celebrados pela Odebrecht e seus ex-executivos com a Procuradoria-Geral da República, em 2016.
Benedicto também questionou o fato de ter sido alvo de pedido de condenação e de bloqueio de bens feito pelo promotor Ricardo Manuel Castro. Conhecido como BJ, ele apresentou trecho de uma manifestação em que a PGR defende a segurança jurídica do acordo federal, e contesta o uso de informações reveladas nas delações contra os próprios delatores.
Segundo o ex-presidente de Infraestrutura da Odebrecht, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, reiterou a necessidade de adesão ao acordo para uso das provas apresentadas nas delações em uma recente decisão mantida sob sigilo. A defesa de Benedicto pediu que a juíza suspenda a ação até que os documentos do Supremo sejam incluídos nos autos e o ex-executivo deixe de ser réu.
Foi BJ quem acusou Alckmin de ter recebido 8,3 milhões de reais via caixa 2 da Odebrecht nas eleições de 2014, quando o tucano se reelegeu governador de São Paulo. Na ação movida contra o ex-governador, porém, o promotor Ricardo Manuel Castro apresentou provas adicionais dos supostos pagamentos ilícitos, colhidas com outras testemunhas, como o doleiro Álvaro José Novis, o coordenador das entregas de dinheiro da empreiteira em São Paulo.
Alckmin e seu ex-secretário Marcos Monteiro, apontado como intermediário dos repasses, estão com os bens bloqueados pela Justiça. Ambos negam ter recebido dinheiro de forma ilícita da Odebrecht.
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Comentários (10)
Uirá
2019-10-02 22:34:27Na conversa com Joesley, Aécio não disse que a tática era direcionar os inquéritos para os delegados amigos da PF? Pq a tática não seria a mesma na decisão do STF? Se fosse assim, então os CORRUPTOS têm gente nas instâncias inferiores, muito provavelmente são aqueles que estão cuidando dos casos. Ou seja, a coisa não anda em SP pq a tática explicitada por Aécio está sendo empregada, só o fato de um sujeito estar conduzindo o processo envolvendo qq um dos CORRUPTO já depõe contra ele.
Uirá
2019-10-02 22:30:18Isto aí deve ser só uma amostra, deve ter mais outras coisas. Quando o STF votou em março a transferência para a justiça eleitoral de crimes relativos a caixa 2, estava implícito que, devido ao fim do foro privilegiado, os CORRUPTOS teriam que ter gente nas instâncias inferiores para garantir que os crimes seriam enquadrados como caixa 2. O sujeito recebeu propina sem qq relação com financiamento eleitoral, mas é caixa 2.
Uirá
2019-10-02 22:16:49Mas se for assim, então esta é uma coisa boa, pois ações deste tipo acendem um alerta e geram um apontamento no mapa de calor da rede de corrupção. Quanto mais ações nestes sentidos os CORRUPTOS adotarem, mais fácil fica de se verificar as teias de corrupção e os nodos inferiores da rede de corrupção. Alguém vai dizer que o promotor não sabia que o delator não pode ser investigado e condenado por crimes que ele confessou e pelo qual já foi condenado.
Uirá
2019-10-02 22:12:32Quando os CORRUPTOS são desmascarados e expostos, o que eles fazem? Dobram a aposta. Eles vivem de criar dificuldades para vender facilidades, então a tática consiste sempre da mesma coisa: retaliar, retribuir, vingar, ameaçar, perseguir. O propósito da ação parece mais ser achacar os delatores do que apurar qq coisa. Os CORRUPTOS adoram dar um verniz de legalidade para revestir seus atos e acusar os outros de fazerem o que eles fazem.
Silvana
2019-09-30 03:12:48Gente, CHEGA! Liberem TODOS OS CRIMINOSOS de uma vez, mudem os dizeres da bandeira para “Crime e Impunidade” e TRANSFIRAM a População Brasileira Decente para outro país. Assim, no Brasil restarão os CRIMINOSOS e os PROTETORES de CRIMINOSOS. VAMOS SIMPLIFICAR.
Sifudemus
2019-09-29 18:57:36No Brasil lugar de bandido é na rua...no Congresso Nacional...no STF...ou no palácio do planalto . Ou em algum palácio ...como o Bandeirantes.
LuisR
2019-09-29 16:10:57Que merda, nada a ver!!
Odair
2019-09-29 12:02:48Bom dia se realmente o Alckimin fez alguma coisa errada deve ser investigado e banido da politica
Jussara
2019-09-29 11:05:17É muita cachorrada, muito bandido para um país só.
Ricardo da Fonseca
2019-09-29 10:52:06Há muitos ovos podres no blindado Ninho Tucano. Bem fez o ilibado senador Álvaro Dias, alçou voo antes de se contaminar.