Crusoé 340: A revanche dos "deploráveis"
A vitória de Trump é o grito das massas contra o domínio das elites progressistas
O ex-republicano Joe Scarborough, apresentador do canal MSNBC, disse que a derrota de Kamala Harris nas eleições reflete um erro estratégico dos democratas ao abraçar causas radicais, como a inclusão de atletas trans em esportes femininos.
Segundo ele, ao insistir nessas pautas, o partido alienou eleitores que não se identificam com temas progressistas radicais, perdendo a conexão com o americano médio.
Durante seu programa “Morning Joe”, Scarborough destacou que essa ênfase em causas ideológicas extremistas — incluindo o apoio a protestos antissemitas em universidades — transformou o Partido Democrata em um movimento percebido como elitista e fora de sintonia com a realidade do eleitorado.
“Já disse isso no ar várias vezes, e toda vez que eu falo, as pessoas dizem: ‘Ah, você está falando isso porque é conservador e branco.’ Não. Estou falando isso porque ouvi a mesma coisa de democratas moderados que estão incomodados com essa postura do partido. Oito em cada dez americanos são contra homens trans competindo com mulheres após a puberdade, e os democratas deveriam entender isso. Isso não é complicado. É possível mostrar empatia e, ao mesmo tempo, respeitar as conquistas femininas no esporte”, disse Scarborough.
A crítica ao Partido Democrata surge em um momento delicado. A pressão interna para moderar essas pautas deve aumentar após o resultado nas eleições.
A reeleição de Donald Trump em 2024 transcende as estatísticas eleitorais. Ela representa a volta dos "deploráveis" — expressão de Hillary Clinton, em 2016, quando descreveu metade dos apoiadores de Trump como "racistas, sexistas e intolerantes". São eles que se recusaram a continuar como alvos de desprezo das elites progressistas, diz a reportagem de capa da nova edição de Crusoé, assinada por Alexandre Borges.
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A reportagem "A normalização da censura", de Duda Teixeira, mostra que o Supremo Tribunal Federal (STF) escolheu ignorar os dois artigos da Constituição que garantem a liberdade de expressão e proíbem a censura. Sem qualquer cerimônia ou consulta com seus pares, seus ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino derrubam contas na internet e ordenam a destruição de livros.
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