Coreia do Norte expande fabricação de mísseis usados pela Rússia contra Ucrânia
Através de imagens de satélite, pesquisadores identificaram o desenvolvimento da usina 11 de fevereiro, que fica no Complexo de Máquinas Ryongsong
A ditadura de Pyongyang está em processo de expansão de um complexo de fabricação de mísseis de curto alcance usados pela Rússia na Ucrânia, segundo pesquisadores do Middlebury Institute of International Studies at Monterey.
Através de imagens de satélite, o grupo identificou o desenvolvimento da usina 11 de fevereiro, que fica no Complexo de Máquinas Ryongsong, em Hamhung. Trata-se da segunda maior cidade da Coreia do Norte.
Nas filmagens obtidas, um prédio de montagem adicional aparece em construção, assim como uma nova unidade destinada a trabalhadores.
Segundo Sam Lair, o pesquisador associado ao Centro James Martin de Estudos de Não Proliferação (CNS), a fábrica era conhecida por produzir mísseis balísticos de combustível solido da classe Hwasong-11.
"Vemos isso como uma sugestão de que eles estão aumentando enormemente, ou tentando aumentar significativamente, a produtividade desta fábrica", disse.
Em outro momento, a imprensa estatal da Coreia do Norte publicou imagens do ditador Kim Jong-Un caminhando por novos edifícios no complexo de Hamhung, o que indica a importância do centro de desenvolvimento de armas para o país.
A denúncia ucraniana
No início do ano, a Ucrânia revelou que cerca de 50 mísseis da ditadura de Kim Jong-Un foram lançados pela Rússia entre dezembro de 2023 e fevereiro deste ano.
Moscou e Pyongyan negam que a Coreia do Norte tenha transferido armament0 para auxiliar a Rússia nas batalhas travadas contra a Ucrânia.
Os dois países, porém, assinaram um tratado de defesa mútua, em junho, prometendo fortalecer os laços militares.
A Organização das Nações Unidas (ONU) questionou o regime norte-coreano pelo auxílio à ditadura de Vladimir Putin, mas não teve resposta.
Irã lucra com guerra
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, denunciou o fornecimento de mísseis iranianos à Rússia.
Já o ministro de Relações Exteriores da Ucrânia, Heoriy Tykhyi, afirmou que o país poderia cortar relações institucionais com o regime de Teerã e classificou a entrega dos armamentos como "inaceitável".
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