Com situação ‘estável’, governo reduzirá contingente em praias atingidas por manchas de óleo

30.11.19 08:00

Com menor incidência do aparecimento de manchas e fragmentos de óleo ao longo da costa brasileira, o governo vai diminuir o contingente de militares e técnicos nas praias atingidas. Coordenador operacional do grupo, o almirante Marcelo Francisco Campos, da Marinha, disse que há 20 dias não são encontradas manchas de óleo bruto no mar.

O Ibama, no entanto, informou que o número de localidades atingidas não para de aumentar. Relatório divulgado nesta sexta-feira, 29 (foto), informa que vestígios do óleo já foram encontrados em 803 pontos do litoral.

“Vivemos um momento de estabilidade. O que chega às praias, hoje, é residual. E as localidades atingidas são prontamente limpas”, disse o almirante, acrescentando que pesquisadores que participam dos grupos de trabalho e dão suporte às ações estão avaliando os reais impactos ao meio ambiente. Segundo o militar, o contínuo aumento do número de localidades atingidas se deve à fragmentação do óleo e a sua dispersão no mar.

“O que está tocando as praias, hoje, é praticamente vestígio. O que nos leva a afirmar que estamos vivendo um período de estabilização. Não descartamos a hipótese de que, com a ação das marés, algumas manchas do óleo que pode estar depositado em bolsões (submersos) aflorem e cheguem às praias”, disse o almirante, citando o caso do Rio Persinunga, na divisa dos estados de Pernambuco e Alagoas. “Ele tinha sido dado como limpo. Quando mergulhamos, verificamos que havia cerca de duas toneladas de óleo no leito do rio”, relatou.

De acordo com o almirante, no inquérito administrativo que conduz, a Marinha já descartou a hipótese de ter ocorrido uma exsudação, ou seja, que o óleo tenha saído de uma rachadura no solo oceânico. Além disso, a probabilidade de o produto ter vazado de um navio naufragado é baixa.

Na fase atual, prevista para ser encerrada em 20 de dezembro, mais de 10 mil militares da Marinha, Exército e Aeronáutica, além de 5 mil servidores e funcionários de vários órgãos federais e da Petrobras foram empregados nas ações de remediação e mitigação dos vestígios do óleo, incluindo as limpezas dos habitats atingidos, patrulhas navais e destinação de parte dos cerca de 4,7 mil toneladas de resíduos recolhidos desde 2 de setembro. Estão sendo usados na operação 37 navios e 22 aeronaves.

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    1. Boa ideia, já que o Ministro do Meio Ambiente culpou a Greenpeace de ter pegado o petróleo na Venezuela e jogado no mar frente ao Nordeste brasileiro, quem sabe se o mesmo, por ordem de seu superior, não jogou petróleo no mar para tirar a atenção da Amazônia e das queimadas (e dos madereiros e grileiros e ruralistas e multis de mineração, etc.)!?!?! ... Não seria isso a razão do descaso do Governo Federal com o desastre sócio-ambiental do petróleo???...

  1. Crusoé, vcs têm adquirido credibilidade pela qualidade das reportagens e lhes sugiro uma matéria desapaixonada sobre a Amazônia, relatando o que é necessário para desmascarar a imprensa de aluguel. Busquem em diversas fontes entender o seguinte: dos 20% permitidos para desmate em propriedades rurais, quanto efetivamente já foi utilizado e desnudar a atuação de ONGs, tanto as de bandidos travestidos de ativistas, quantos as honestas que merecem respeito.

    1. ONG que merece respeito é aquela que não recebe dinheiro do governo (afinal, é não governamental) e apresenta de forma transparente seus mantenedores.

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