Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Cid Gomes vai para o PSB e leva seu séquito junto

01.02.24 07:41

O senador Cid Gomes (CE; foto) irá se filiar, neste domingo, 4, ao PSB — entrando no partido de Geraldo Alckmin pela segunda vez na vida e encerrando sua passagem de nove anos pelo PDT, lembrada mais pelos seus meses finais turbulentos no comando do braço cearense da legenda.

Mais do que sua própria migração, o parlamentar deve levar um séquito de políticos apoiadores junto ao novo partido. Entre eles, está o nome de Izolda Cela, ex-governadora do Ceará e número 2 de Camilo Santana no Ministério da Educação. Deputados federais e estaduais do PDT, próximos a Cid, também devem encaminhar seus pedidos de filiação ao Partido Socialista Brasileiro nos próximos dias.

Entre 2005 e 2013, ele já tinha integrado as fileiras do partido, após passar por PMDB, PSDB e PPS. Ao deixar o partido, enquanto era governador do estado, tinha dito que “a gente não tem mais espaço no PSB. Lamentamos profundamente, mas tomamos a decisão de sair”. Ele ficou mais dois anos no PROS antes de ir ao PDT.

Foram essas suas críticas que, inclusive, travaram as negociações para sua volta aos quadros da legenda, como adiantou OAntagonista em novembro do ano passado. O presidente do PSB, Carlos Siqueira, lembrou ao grupo de Cid a sua passagem conturbada nas décadas passadas.

Ao fim, a migração também deve deixar o PDT do Ceará, antes um dos braços estaduais mais fortes da legenda, em ruínas. A legenda se viu em contínua rebelião desde que Cid Gomes assumiu o controle estadual do partido, buscando apaziguar as diferentes correntes dentro do partido.

Brigado publicamente com seu irmão, o ex-ministro Ciro Gomes, Cid defendia que o PDT deveria se aliar ao PT nas eleições municipais desse ano no Ceará — o que enfureceu Ciro e sua ala. Quando o consenso entre os dois lados ruiu, Cid foi derrubado do cargo (mas conseguiu reverter na Justiça a decisão e se manteve no cargo, que ocupou até o fim do ano passado).

Até este momento, o PDT já havia sangrado o bastante em praça pública, e perdido nomes como o do presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Evandro Leitão, que foi para o PT.

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