Câmara de João Pessoa proíbe crianças em parada LGBT
07.11.23 16:54
A Câmara Municipal de João Pessoa aprovou, nesta terça-feira (7), um projeto de Lei (PL) que quer proibir que crianças participem “em paradas gays e eventos similares”. A proposta aprovada define esses eventos como “todos aqueles movimentos realizados pela comunidade LGBTQIA+ que [busquem] originalmente a conscientização da população para as suas bandeiras ideológicas.”
Caso a norma seja descumprida, a punição vai, em um primeiro momento, a uma simples advertência. Em caso de reincidência, a multa de 47.130 reais. A multa será aplicada aos organizadores de eventos de temática LGBT e não aos responsáveis pela criança no local.
O autor da proposta é o vereador Tarcísio Jardim (PP). Ao justificar a proposta, ele disse que as paradas do orgulho LGBTQIA+ teriam como objetivo inicial “expor a liberdade sexual de todos através da conscientização da população em geral dos problemas sofridos por esta comunidade” — mas que isso estaria se desvirtuando.
Haveria, em sua visão, “a vulgarização e a agressão às famílias tradicionais, religiões, aqueles de opiniões politicas diferentes e, principalmente, a erotização precoce de crianças e adolescentes”. Apesar da afirmação, o vereador não apresenta provas de que isso aconteceu em João Pessoa, ou em outra cidade do país (onde automaticamente o eventual caso poderia ser enquadrado como pedofilia, caso ele de fato ocorresse).
Isso não impediu que Jardim apresentasse o PL pensando, disse, em jovens que ainda não teriam “o discernimento necessário para entendimento definitivo sobre a sua opção sexual”. Nas redes sociais, ele foi menos polido: disse que a aprovação do texto serviria como proteção a “doença de sexualidade tóxica e ideologia política.”
O texto seguirá para sanção do prefeito da cidade, Cícero Lucena — que é do partido de Jardim.
Não é a primeira medida do tipo no ano: em agosto, um projeto de teor semelhante passou na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), também com o argumento de que a festa teria conteúdo erótico considerado impróprio. A proposta, apresentada pelo deputado Delegado Péricles (PL), foi sancionada no mês passado pelo governador Wilson Lima (União Brasil).
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Há algumas décadas atrás eu até acharia um absurdo a atitude da Câmara de João Pessoa, mas do jeito como esse público LBTGQIA+ vem conduzindo sua forma de teoricamente afirmar igualdade eu estou de pleno acordo. Se quisessem igualdade não se dividiriam em L, G, B, T, Q, I A + (?). Querem ser igualmente valorizados e se distanciam? Sem contar os abusos de performance que expõe ao público. Será que as crianças entendem? Acho que para elas é como assistir um desfile de carnaval.
É um equívoco querer acesso a espaços lícitos dentro da sociedade, impondo ideias e modos de viver com doses maciças de afirmações contrárias aos que advogam de forma diferente. Quanto mais esses movimentos acirram esse debate, quanto mais desejam impor suas ideias, mais se afastam dos objetivos que deveriam traduzir apenas respeito e inclusão. As crianças devem ser protegidas de todos os movimentos , cuja complexidade ainda não permitem um entendimento compatível coma maturidade delas.
Mas o que mais me espanta é a naturalização da exposição a conteúdo impróprio e sexualização de crianças nessas manifestações, sem que financiadores lacradores e seus organizadores sejam devidamente responsabilizados.
Coisa idiota são essas paradas ridículas, cujo efeito é justamente o acirramento do preconceito contra essas pessoas! Vão publicar trabalhos científicos, tornarem excelentes profissionais liberais, vão distinguir-se c/ atuação nas diversas áreas lícitas, vão tornarem-se excelentes professores, vão atuar no voluntariado, vão fazer alguma coisa edificante p/ a sociedade buscando padrões de excelência, isso sim os distinguirá, os promoverá humanamente e será luta consistente contra o preconceito!
(corretor..).... tornarem-se excelentes profissionais....
Ah, divergir de ""famílias tradicionais"", de ""religiões"" e, de escolhas políticas e outras escolhas lícitas, não é obviamente crime, deve-se apenas fundamentar com consistência e intenção de compartilhamento de idéias.
Não está errada a Câmara de JOÃO PESSOA: crianças aprendem coisas boas e bonitas é com outras coisas boas, bonitas e bem feitas, com coisas sérias, que podem ser também divertidas, alegres e de muito bom gosto.
Aliás, """LGBTQIA+""" é uma bobagem de tentativa icônica que só aumenta letrinhas e não comunica absolutamente nada ao público. Porque não simplesmente, por exemplo, 'DIVERSIDADE HUMANA', e pronto, estariam aí englobadas todas as vertentes de gênero e causas. Aí, pessoal... que tal repensar as expressões desta luta legítima e muito séria, de maneira efetiva, bonita e eficaz?
Tais """manifestações""" muitas vezes eivadas de tristes porno-espetáculos em via pública, ñ são como p/ exemplo o Carnaval nos gdes sambódromos, estes sim, obras primas de enredo, de criatividade, verdadeiras óperas em céu aberto, contando histórias e propondo idéias de maneira bonita, inteligente, consistente, interessante, decente e coerente c/ as suas intenções, num conjunto expressivo de comunhão de todas as artes em bela integração e interação. Essa sim, bela e eficaz via de comunicacão!!!
(corretor)... como se isso é que expressasse alguma causa séria...
Ao invés disso, colocam plumas no traseiro, saem rebolando avenida afora, dando gritinhos histéricos como se a vida fosse apenas mero palco p/ exibições de vulgaridade e narcisismo doentio, como se as pessoas patologicamente ñ passassem de apenas sexo c/ 1 ser pregado nele, manifestam-se c/ 1 profundo mau gosto alegórico como se isso é expressasse alguma causa séria!!! Ora, isso ñ ajuda em absolutamente nada a diversidade humana na seriedade da causa proposta, apenas a desmoraliza e ridiculariza
Retrocesso em pleno século 21.
Crianças tem que ser crianças. É simples, não?