Adriano Machado/Crusoé

Câmara banca jatinho de irmão de Geddel

29.06.18 14:30

A maioria dos deputados federais usa a cota parlamentar mensal a que tem direito para alugar jatinhos para se deslocar dentro de seus Estados para municípios que não possuem voos comerciais. Em fevereiro, no entanto, Lúcio Vieira Lima, do MDB, irmão do ex-ministro preso Geddel, gastou 35 mil reais da Câmara para fretar um avião particular para viajar de Salvador a Brasília, cidades ligadas por vários voos de carreira diários.

O trajeto foi realizado no dia 19 de fevereiro, uma segunda-feira, quado não foi registrada qualquer alteração na escala de voos entre a capital baiana e a capital federal. Na época, Lúcio aguardava julgamento pelo Supremo Tribunal Federal de pedido da Procuradoria-Geral da República para que fossem aplicadas medidas cautelares contra ele e sua mãe, Marluce Vieira Lima.

As medidas, entre elas, recolhimento noturno, foram solicitadas junto com a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal contra Lúcio e Geddel pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa. Eles foram denunciados no caso do bunker dos R$ 51 milhões encontrados em um apartamento em Salvador cujo dono seria ligado aos irmãos Vieira Lima.

Desde o início da atual legislatura, em fevereiro de 2015, Lúcio gastou 60,8 mil reais com aluguel de jatinhos. As outras viagens foram entre Salvador e municípios do interior da Bahia que não recebem voos comerciais. Ele costuma fretar aeronaves mesmo sendo dono de um jatinho que herdou do pai: um bimotor Cessna, que passou por manutenção em maio.

A Câmara diz que não há restrições legais para deputados fretarem aviões, desde que o valor gasto com o aluguel de aeronaves não ultrapasse o valor total da cota parlamentar a que os parlamentares têm direito.

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  1. Existe alguma forma de vcs tornarem a navegação mais simplificada ? Pensei no mesmo esquema dO Antagonista, em que aparece uma seta para o próximo texto e outra para o texto anterior. A Crusoé tem navegação dificil para quem usa celular, principalmente.

  2. Prefiro que este valor seja gasto em educação ou melhoria das estradas, já que o dinheiro é meu! Tenho mesmo que bancar essa canalhada???

  3. Bandido, irmão de bandido, e ambos protegidos pela Câmara dos Deputados. Soa perfeitamente lógico neste país de absurdos.

  4. E o interessante dessa história é que ninguém na Câmara fala nada. Também, com tudo mundo com o rabo preso que vai jogar a primeira pedra?

  5. Acredito que esteja na hora de rever as tais cotas parlamentares, auxílio isso auxílio aquilo,nossos representantes dos 3 poderes estão precisando de um choque para cair na real, nós pagadores de impostos também, precisamos nos organizar como sociedade e apresentar nossas pautas para reorganizar a nação,xingamos lamentamos mas não agimos,temos que inverter essa lógica,mostrar a esses cretinos que estão ai para servir a sociedade, não para se servir da sociedade,marchemos para Brasília.

  6. UMA MANEIRA DESSES LESAS-PÁTRIAS DEIXAREM DE ROUBAR DINHEIRO DA SAÚDE PÚBLICA, DA SEGURANÇA PÚBLICA E DA EDUCAÇÃO É DEIXÁ-LOS TRANCAFIADOS NA PRISÃO. LÁ TERÃO À CUSTAS DO ESTADO, CAMA, COMIDA E ROUPA LAVADA DE GRAÇA. ESTA CONTA NÃO RECLAMAREMOS EM PAGAR !

  7. Não há restrições a nada para esses canalhas . . . desistam. A câmara é o quê é. Um antro de pulhas que se refestelam com dinheiro público. Batem no peito e afirmam, sem corar, ter direito porque a lei permite que façam o que querem com o nosso dinheiro. E permite. Mudar as leis? Nunca! Não exija retidão ao que é torto. Não eleger é a única saída. Fora isso, só a morte desses criminosos nos redime.

    1. Muda-se o País, mais efetivamente que uma eleição, com uma mobilização popular maciça, aos moldes de uma greve de caminhoneiros. Não na forma, mas no conteúdo. É possível parar a nação, pacificamente, sem impedir o direito de ir e vir. Mas, uma paralisação da sociedade, per se, é utópica. Os protestos foram efetivos para medidas de curtíssimo prazo. Não cristalizaram. E já estamos cansados. Mais interessados em tocar nossas vidas tentando depender o mínimo do Estado. E azar de quem não pode.

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