Brasil autoriza treino com soldados dos EUA na Amazônia
O governo brasileiro autorizou a entrada de 294 soldados americanos em território brasileiro, para um exercício militar na Amazônia durante a próxima semana. Um decreto assinado por Lula na última semana autoriza a entrada dos militares estrangeiros no país. O exercício, chamado de CORE 23, deve se estender até o final de novembro. Segundo o...
O governo brasileiro autorizou a entrada de 294 soldados americanos em território brasileiro, para um exercício militar na Amazônia durante a próxima semana. Um decreto assinado por Lula na última semana autoriza a entrada dos militares estrangeiros no país.
O exercício, chamado de CORE 23, deve se estender até o final de novembro. Segundo o Comando Militar do Norte — que será o responsável pela atividade — A Operação CORE 23 reunirá militares para um adestramento combinado nas cidades de Belém, Macapá, Oiapoque (AP) e Clevelândia do Norte (AP).
As tropas dos dois países, de acordo com o comunicado oficial, irão compartilhar experiências e trocar conhecimentos sobre doutrina e técnicas, táticas e procedimentos de defesa.
A manobra militar na floresta mostra que a relação militar entre os dois países sobreviveu a um momento de tensão em 2022, quando a eleição presidencial brasileira mostrou um desafio diplomático aos dois países. De acordo com uma reportagem do Financial Times publicada em junho dizia que Washington, incomodada com a possibilidade de que Jair Bolsonaro não reconhecesse o resultado das eleições, os EUA ameaçaram cortar a cooperação militar entre os dois países.
Para o governo de Joe Biden, incomodava o fato de que militares poderiam estar envolvidos em uma trama golpista — o chefe da Marinha era considerado o mais afeito a um golpe. Ainda durante o período pré-eleições, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, veio ao Brasil e pediu respeito à democracia, no que corrobora a tese defendida pelo jornal britânico.
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