Bolsonaro mostra mensagens com Moro e nega interesse político na troca da PF
O presidente Jair Bolsonaro (foto) mostrou nesta terça-feira, 5, uma nova troca de mensagens com o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro para negar a existência de interesses políticos na substituição de Maurício Valeixo na diretoria-geral da Polícia Federal. Em depoimento à PF, Moro disse que o presidente enviou por WhatsApp o link...
O presidente Jair Bolsonaro (foto) mostrou nesta terça-feira, 5, uma nova troca de mensagens com o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro para negar a existência de interesses políticos na substituição de Maurício Valeixo na diretoria-geral da Polícia Federal.
Em depoimento à PF, Moro disse que o presidente enviou por WhatsApp o link de uma nota do site O Antagonista, informando que a PF estaria no encalço de deputados bolsonaristas. Alegou, ainda, que, antes que pudesse responder, Bolsonaro mandou outra mensagem afirmando que este seria mais um motivo para a troca do comando da instituição.
Os prints desta conversa, que data de 23 de abril, já haviam sido disponibilizados por Moro ao Jornal Nacional. O noticiário ainda mostrou a resposta do ex-juiz. “Esse inquérito é conduzido pelo ministro Alexandre, do STF. Diligências por ele determinadas, quebras por ele determinadas, buscas por ele determinadas", escreveu.
Em frente ao Palácio da Alvorada, no fim desta tarde, Bolsonaro apontou o celular às câmeras, mostrando outro trecho do diálogo. No dia anterior à troca de mensagens citada por Moro, como mostra a imagem, o presidente encaminhou o mesmo link. Em resposta, Moro havia escrito: “Isso é fofoca. Tem um DPF [delegado de Polícia Federal] atuando por requisição no inquérito das fake news e que foi requisitado pelo min Alexandre [de Moraes, do Supremo Tribunal Federal]. Não tem como negar o atendimento ah requisição do STF (sic)”.
À imprensa e a apoiadores, após apresentar a conversa, Bolsonaro disparou: "O Moro diz que isso é fofoca, porque ele tem informações privilegiadas. Se isso é fofoca, ele diz que esse inquérito que existe no Supremo não tem nome de deputado federal nenhum e nem de Carlos Bolsonaro. Ele quem diz isso".
O presidente ainda negou que tenha pedido acesso a relatórios de inquérito. "Isso é mentira deslavada por parte dele. Ele disse que eu pedi em uma reunião de ministro. Em uma reunião de ministro, a gente ia pedir algo ilegal? Eu não peço ilegal nem individualizante, quem dirá de forma coletiva”, afirmou.
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