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    As seis diferenças entre Javier Milei e Jair Bolsonaro

    O presidenciável argentino Javier Milei foi definido por parte da imprensa brasileira como "Bolsonaro da Argentina". É uma expressão apressada. Agora, 21 de outubro, na véspera do primeiro turno, no qual Milei é favorito e pode até liquidar a fatura, é preciso destacar as diferenças entre os dois. Há pelo menos seis diferenças relevantes entre Milei...

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    Caio Mattos, De Buenos Aires
    6 minutos de leitura 21.10.2023 11:57 comentários 2
    Milei, com Eduardo Boslonaro e José Antonio Kast, o líder da direita chilena em um evento conservador. Reprodução: Redes Sociais
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    O presidenciável argentino Javier Milei foi definido por parte da imprensa brasileira como "Bolsonaro da Argentina". É uma expressão apressada. Agora, 21 de outubro, na véspera do primeiro turno, no qual Milei é favorito e pode até liquidar a fatura, é preciso destacar as diferenças entre os dois.

    Há pelo menos seis diferenças relevantes entre Milei e Bolsonaro.

    Eleitorado
    O eleitorado do Milei é composto principalmente por jovens e pobres. Bolsonaro, por sua vez, tinha como principal grupo eleitoral os mais velhos e a classe média (os motivos para a composição do eleitorado do libertário argentino estão na reportagem de capa de Crusoé desta semana). Também há diferenças territoriais. Milei domina em quase toda a Argentina, exceto notoriamente na Província de Buenos Aires e na Cidade Autônoma de Buenos Aires, equivalente ao Distrito Federal. Essas duas unidades federativas respondem por 40% do eleitorado nacional. No Brasil, Bolsonaro, como se sabe, concentrou os votos das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil.

    Economia
    Milei é marcado pela sua identificação como um libertário. Ele defende um Estado mínimo mais radical do que um liberal comum. O presidenciável é formado em economia e quase sempre expressa suas posições políticas em termos econômicos. Bolsonaro, por outro, lado não tinha pudor de deixar claro sua falta de afinidade com o estudo da economia. Ele falou múltiplas vezes sobre "não entender nada" de economia e que delegava a função ao ministro da Economia, Paulo Guedes. "Eu não entendo nada de economia e falo tudo que tem que falar com o Paulo Guedes, para ninguém ouvir. PG, e daí? Em algumas poucas vezes eu tenho razão, na maioria das vezes ele conserta o negócio e toma providências", disse Bolsonaro em uma entrevista a uma rádio mineira em 2022. Bolsonaro também adotou medidas que arrepiaram muitos liberais e jamais seriam feitas por Milei, como interferir na Petrobras. O jornalista argentino Carlos Pagni costuma dizer que Milei é como se Bolsonaro e Guedes se juntassem em uma mesma pessoa.

    Imprensa
    Milei raramente faz ataques generalizados à imprensa. Há episódios, sim, de ataques específicos e direcionados, como contra um programa do canal de televisão TN, do grupo Clarín. No ato de encerramento de campanha na cidade de Buenos Aires, na quarta-feira, 18, Milei falou em "jornalistas pagos" (periodistas y micrófonos ensobrados) en passant, no meio de uma lista que atacava também empresários e sindicalistas. Mas o argentino mal usa o termo fake news e não gasta muito tempo com isso. "O populismo clássico envolve a criação de um inimigo. E, no caso do Milei, esse inimigo se limita à elite política que chama de 'casta'", diz Nicolás Rotelli, professor de ciências sociais da Universidade Argentina da Empresa (Uade). Quando o candidato xinga os que chama de "socialistas" ou "comunistas", há um consenso aqui de que ele se dirige à elite política de esquerda.

    Religião
    Os evangélicos, poderosos no Brasil, não têm relevância na Argentina. Eles nem figuram na pauta destas eleições. E os católicos, assim como no cenário brasileiro, não carregam suas crenças com tanto fervor para a política. A religião está presente nestas eleições por apenas um motivo: a animosidade entre Milei e o papa Francisco. Entre 2017 e 2018, o hoje presidenciável tinha proferido ofensas a Francisco nas redes sociais. Milei chegou a chamar o papa de “comunista” e “representante do maligno na Terra”. Um grupo importante de padres da cidade e da província de Buenos Aires, os curas villeros, divulgaram um comunicado de repúdio em reação à performance surpreendente de Milei nas primárias, realizadas em agosto. Mais recentemente, na segunda-feira, 16, uma emissora de televisão pública argentina transmitiu pela primeira vez uma entrevista exclusiva com Francisco feita no final de setembro; nela, o pontífice alfineta Milei sem citá-lo. O timing foi deliberado. As hostilidades entre Milei e o papa chegaram a um nível de o guru ideológico de Milei, o economista Alberto Benegas Lynch, defender o rompimento de relações da Argentina com o Vaticano em seu discurso comício de encerramento de campanha de quarta.

    Militares e ditadura
    Em cenário semelhante ao tema da religião, em especial dos evangélicos, os militares são uma classe inexistente na política argentina. Ou, pelo menos, o eram. A candidata a vice-presidente de Milei, Victoria Villarruel, que entrou na política com ele ao se eleger à Câmara dos Deputados em 2019, é a principal representante de militares no poder político. Filha e neta de militares, Villarruel afirma que a repressão da última ditadura militar foi uma reação à guerrilha de esquerda. Ela também questiona o consenso sobre 30 mil desaparecidos nos tempos de chumbo. Mas Villarruel não pede a volta da ditadura, nem enaltece esse período ou as torturas. "Estamos completando 40 anos de democracia. Há um consenso implícito e bastante estendido que essa é a forma com a qual queremos conviver. Os argentinos têm raiva quando as regras dessa democracia não são respeitadas", diz Rotelli.

    Experiência política
    Bolsonaro tinha experiência de décadas no Congresso Nacional como deputado quando assumiu o Palácio do Planalto. Se Milei for eleito presidente, seja neste domingo ou em um eventual segundo turno, previsto para 19 de novembro, ele terá apenas dois anos de experiência de deputado. Nesta campanha eleitoral, a pouca experiência de Milei é um tema importante levantado por seus adversários, em especial, Patricia Bullrich, da coalizão de centro-direita Juntos por El Cambio, do ex-presidente Mauricio Macri. Entretanto, Milei não é tão alheio à politicagem quanto parece. A campanha costurou uma aliança com um líder sindicalista, Luis Barrionuevo, que, para muitos, representa parte da "casta" que o candidato condena. Além desse exemplo, Milei tem candidatos a deputado em 20 cidades da região metropolitana de Buenos Aires que são ligados ao seu adversário pela Presidência, o ministro da Economia, Sergio Massa. Há, inclusive, parentes de Massa. O ministro-candidato foi prefeito na região e tem forte presença lá, onde está mais de um quarto do eleitorado nacional.

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    Caio Mattos, De Buenos Aires

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    Comentários (2)

    Renata

    2023-10-22 19:17:19

    O cara parece um hobbit!


    Odete6

    2023-10-22 01:41:27

    Lá como cá sucedem-se as porcarias desgovernantes. Nos poupe, CRUSOÉ, abstenham-se de nos agredir com fotos, como essa, desses 2 bichos feios que mais parecem saídos de um filme trash de terror!!! Um deles, como dizia o """víuçú xúrxiu""" um dos fantasmas que já vagueia no 👻👻👻👻👻 ""além"" da política.


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    Comentários (2)

    Renata

    2023-10-22 19:17:19

    O cara parece um hobbit!


    Odete6

    2023-10-22 01:41:27

    Lá como cá sucedem-se as porcarias desgovernantes. Nos poupe, CRUSOÉ, abstenham-se de nos agredir com fotos, como essa, desses 2 bichos feios que mais parecem saídos de um filme trash de terror!!! Um deles, como dizia o """víuçú xúrxiu""" um dos fantasmas que já vagueia no 👻👻👻👻👻 ""além"" da política.



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