As respostas do TSE às dúvidas das Forças Armadas sobre as urnas
O Tribunal Superior Eleitoral divulgou na tarde desta quarta-feira, 16, as respostas a 80 perguntas feitas pelas Forças Armadas sobre o processo eletrônico de votação das eleições. Os dados servirão para municiar o representante dos militares na Comissão de Transparência das Eleições. O documento mostra que a corte voltou a atestar a segurança das urnas,...
O Tribunal Superior Eleitoral divulgou na tarde desta quarta-feira, 16, as respostas a 80 perguntas feitas pelas Forças Armadas sobre o processo eletrônico de votação das eleições. Os dados servirão para municiar o representante dos militares na Comissão de Transparência das Eleições.
O documento mostra que a corte voltou a atestar a segurança das urnas, detalhou informações sobre os equipamentos comprados em 2020, explicou a mudança do formato de totalização de votos e sanou dúvidas comuns, como os procedimentos a serem adotados em caso de eventual violação do lacre das urnas.
O presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, no entanto, frisou que a lista de respostas não apontou "detalhes que possam viabilizar ataques aos sistemas da Justiça Eleitoral". O ministro explicou que, se necessário, esses esclarecimentos complementares serão tratados em reuniões entre técnicos da área de Defesa Cibernética do Ministério da Defesa e a equipe da Secretaria de Tecnologia da Informação da corte.
Em um dos pontos de destaque da papelada, o TSE indicou às Forças Armadas que centralizou a totalização de votos em sua sede em alinhamento com uma recomendação de peritos da Polícia Federal. A medida, explicou a corte, reduz a "superfície de ataque de hackers".
"Considerados os benefícios da centralização (maior economicidade e maior segurança) e a partir do relatório dos peritos da Polícia Federal corroborando os benefícios da medida, o TSE implantou a centralização da totalização dos resultados a partir das Eleições 2020", emendou. Antes da mudança, os dados eram centralizados nos Tribunais Regionais Eleitorais.
Indagado sobre as auditorias externas realizadas em urnas desde 2009, a corte eleitoral lembrou que a verificação dos códigos-fonte é realizada a cada pleito por peritos criminais da PF. Informou também que, além do exercício de rotina, os dados foram auditados por especialistas do PSDB após as eleições de 2014, por uma equipe da Procuradoria-Geral da República duas vezes em 2020, pelo PV e pelo PL em 2021 e pela Controladoria-Geral da União no início deste ano.
"A expectativa, a confirmar, é a de recebermos, em fevereiro e março de 2022, representantes da Ordem de Advogados do Brasil, do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, além de representantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul", prosseguiu.
O TSE esclareceu que os últimos testes públicos de segurança, realizados no ano passado, miraram as urnas do modelo de 2015, porque as de 2020 ainda estavam em desenvolvimento. A corte, porém, antecipou que o suporte de software para o equipamento de 2020 estará disponível em março para teste.
Em outra ponta, a corte assegurou que o novo modelo não está mais vulnerável por conter portas USB. "Dispositivos USB desconhecidos ficam inutilizáveis quando conectados na urna. E a urna suspende a sua execução caso a sua montagem não esteja de acordo com as especificações", anotou.
"Ademais, todo dado sensível que trafega pelo barramento USB é protegido por criptografia. Por exemplo, as teclas pressionadas no terminal do eleitor são cifradas. Dessa forma, não há a possibilidade de captura de ruído ou de pacotes de dados críticos em portas USB", completou.
Os questionamentos ganharam destaque depois que Jair Bolsonaro, durante uma live realizada na semana passada, afirmou que as Forças Armadas identificaram vulnerabilidades no processo eleitoral. A troca de documentos, porém, desmente o presidente.
"Foram levantadas várias, dezenas de vulnerabilidades, foi oficiado o TSE para que pudesse responder às Forças Armadas – porque afinal de contas, o TSE pode ser que esteja com a razão. Pode ser, por que não?", disse, na ocasião.
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Comentários (10)
José
2022-02-18 14:34:45Com base em que esta jornalista AFIRMA que no TSE comprova a segurança alegada pelo órgão? O TSE apenas respondeu às perguntas que os especialistas ainda vão submeter à analise. Não prova nada! Ou a jornalista decidiu que prova?
Paulo
2022-02-18 08:09:24Por que têm as FFAA de se meter nisto? E por que o TSE dá satisfações a elas? Isso é mais uma prova da inutilidade das FFAA.
AMAURY FEITOSA
2022-02-17 11:59:54eu só faço uma pergunta que o jorNAZISMO jamais fará .. POR QUE um general que já tinha aceitado ser diretor do TSE algo que daria confiabilidade à eleição alegando "problemas familiares" recusa a participar de algo tão importante? quem conhece a tropa sabe que isto é "ingolível" e algo muito pôdre ocorre no "reino da Dinamarca" é claro .. o TSE já está nas patas dos criminosos? o dr. Fachin insinua ou pede socorro? os ratos estão colocando o guiso no pescoço do gato e ninguém entende? éD+.
Maria
2022-02-17 00:51:47MORO PRESIDENTE 2022! 🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷
Nyco
2022-02-16 22:07:53Com essa pequena pressão das FFAA, acho que o BV vai dar marcha ré no quibe. Adulterar as eleições nas barbas das FFAA, contendo especialistas em guerra cibernética formados no IME e ITA, deixou de ser prioritário para se tornar um risco de cadeia iminente. Podem anotar aí, agora os militantes do STF vão apontar suas metralhadoras para tornar o PR inelegível e, essa guerra será insana até o pleito de outubro quando, enfim, o PR prevalecerá. __ Que o Deus dos Exércitos nos proteja.
MARCIO
2022-02-16 21:09:44Parece que as Forças Armadas ainda pensam no plano golpista de Nero
Globo esselixo
2022-02-16 20:57:23Tá de brincadeira! Tem algum imbecil q acredita nesses três vagabundos!
Osmar
2022-02-16 20:38:05Não tem nada inviolável! Só os semideuses do STF que são invioláveis e podem tudo! Defender e soltar políticos corruptos e suas quadrilhas, soltar traficantes, etc. etc.
Jaime
2022-02-16 20:10:03A pergunta principal - e q DEVERIA ser respondida - é porque o TRE insiste em usar urnas eletrônicas de PRIMEIRA geração e suas variantes, enquanto a maioria dos países do mundo que fazem uso destas urnas (a exemplo da Suécia), usam urnas de SEGUNDA GERAÇÃO, q permite a IMPRESSÃO do voto? Brasil, Bangladesh e Butão são os únicos países do mundo a usar urnas de primeira geração. Mais de 100 outros países usam urnas AUDITÁVEIS. ESTA é a pergunta principal. KD a poha dá resposta a esta pergunta??
Heloisa
2022-02-16 19:06:43A realidade do Sociopata FAMILICIA BolsoNero é muito aquém da realidade das pessoas normais; é recheada de alucinações, de mentiras e invenções,de manipulação e de obsessão . Vive vendo fantasmas e perseguição.