Aras diz que só se manifesta sobre Weintraub após acessar inquérito e depoimento

29.05.20 20:31

O procurador-geral da República, Augusto Aras (foto), afirmou nesta sexta-feira, 29, que vai se manifestar sobre o habeas corpus em favor de Abraham Weintraub e dos aliados de Jair Bolsonaro alvos de buscas e apreensões somente após ter acesso ao processo que investiga ataques ao Supremo Tribunal Federal e à íntegra do depoimento do ministro da Educação.

O habeas corpus foi movido pelo titular da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça. Entre os pedidos, estava a suspensão do depoimento de Weintraub. No entanto, a oitiva ocorreu durante a tarde e o ministro invocou o direito de ficar em silêncio. Crusoé revelou que a estratégia foi combinada com o Palácio do Planalto.

O recurso de Mendonça, contudo, é mais abrangente. Ele também pede que o inquérito seja enterrado para o ministro da Educação e para todos os alvos da operação da PF desta quarta, 27, deflagrada pelo ministro Alexandre de Moraes.

O ministro Edson Fachin havia pedido um parecer do procurador-geral sobre. Aras argumentou que os autos “vieram desacompanhados de cópia do procedimento investigatório em que determinado o depoimento” de Weintraub.

“Em face do exposto, o procurador-geral da República, ao tempo em que manifesta ciência do ato processual ordinatório, informa que, instruídos os autos, apresentará manifestação no prazo legal”, declarou.

A oitiva foi determinada por Alexandre de Moraes para que Weintraub explicasse sua declaração na reunião ministerial de 22 de abril defendendo a prisão de ministros do Supremo, a quem se referiu como “vagabundos”.

Fachin também aguarda informações a serem prestadas pelo ministro Alexandre de Moraes.

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