Aras diz que decisão de Toffoli 'ofendeu' regimento interno do Supremo
Em sua manifestação no plenário do Supremo Tribunal Federal, o procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que o presidente da corte, Dias Toffoli (foto), "ofendeu" o regimento interno do próprio STF, ao acatar um recurso do senador Flávio Bolsonaro no processo que julga se é necessária autorização judicial para o compartilhamento de informações entre órgãos...
Em sua manifestação no plenário do Supremo Tribunal Federal, o procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que o presidente da corte, Dias Toffoli (foto), "ofendeu" o regimento interno do próprio STF, ao acatar um recurso do senador Flávio Bolsonaro no processo que julga se é necessária autorização judicial para o compartilhamento de informações entre órgãos de controle.
No início de seu pronunciamento, Aras disse entender que o processo em julgamento hoje pelo Supremo se limitava inicialmente à análise do compartilhamento de informações da Receita Federal com o Ministério Público e a Polícia Federal. A discussão tinha como pano de fundo um recurso de empresários que foram condenados por sonegação graças a informações enviadas pela Receita ao Ministério Público. Foi neste processo, porém, que Toffoli analisou um pedido da defesa de Flávio e determinou a suspensão de todos as investigações abertas a partir do compartilhamento de informações entre órgãos de controle sem autorização judicial.
"Ao deferir o requerimento apresentado pelo senador Flávio Bolsonaro, o Ministro Dias Toffoli ampliou o tema objeto deste recurso extraordinário, e nele incluiu, também, a possibilidade ou não de outros órgãos de fiscalização e controle, como o Coaf, o Bacen, a CVM e outros, compartilharem dados acobertados por sigilo com o Ministério Público, sem a intermediação do Poder Judiciário", assinalou o PGR. "Essa ampliação ofende o regimento interno desta Corte, que atribui ao Plenário Virtual definir se um tema tem ou não repercussão geral. Isso não pode ser decidido monocraticamente", seguiu Aras. O procurador-geral da República pediu que essa ampliação fosse discutida em uma questão de ordem no julgamento desta quarta-feira.
Toffoli afirmou em seguida que o caso de Flávio não era objeto do julgamento. Mas o advogado Frederick Wassef, da família Bolsonaro, acompanha a sessão.
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Comentários (10)
Celso
2019-11-20 17:31:28Falta escrúpulos ao Sr Júlio
Alberto
2019-11-20 15:30:06impeachment do dias toffoli já!
Maria
2019-11-20 14:54:39demonstrou falta de conhecimentos jurídicos
JULIO
2019-11-20 14:53:03Aras, seu comentário sobre o PRESIDENTE DO STF ofendeu a Instituição significa que faltou Escrúpulo? Isso é grave. O que mais ele fará até o fim se sua Gestão?
Isabel
2019-11-20 14:49:41Dr. Aras tem razão, Toffoli exorbitou o poder que tem como ministro do STF. Aliás, esse tipo de comportamento de exceder suas funções é o que tem norteado Tóffoli.
Claide
2019-11-20 14:07:46Exmo dr Augusto Aras, por favor,siga firme contra os abusos de quem comete crimes e os que os acobertam.Que o presidente do STF nunca mais atente contra o país.muito obrigada por sua atitude.claide,professora
Wilson
2019-11-20 13:38:49Tudo jogo de sena.Os dois comunistas nunca estiveram tão juntos
Alexander
2019-11-20 13:28:29NOJO DISSO TUDO!!! 🤮🤮🤮
Nilson
2019-11-20 13:26:59A diferença é que estes ministros não receberam um voto sequer, foram indicados por padrinhos políticos e com isto falta a maioria deles saber jurídico, capacidade para julgar e muita falta de ética. O Congresso pode ser um horror mas todos foram legitimados pelo voto popular, se tem bandidos ali a culpa é de quem os elegeu.
Brodowski
2019-11-20 12:47:29tofoli pensa que e ditador, um despreparado petista nessa posicao como mendes, lewandovsk, morales. Esses cargos jamais poderiam ser dado politicos e apadrinhamentos, isso e aparelhamento, ta tudo errado. Tem que ser corrigido imediatamente, senao nos tornaremos o que tofoli esta nos impondo com a conivencia do executivo.