Apuração interna do TCU sobre 'E$quema S' poupa ministros
A Operação E$quema S, deflagrada pela Lava Jato do Rio de Janeiro na última semana, envolve a contratação de escritórios de advocacia com a intenção de influenciar decisões em tribunais, como o TCU. A operação investiga uma organização criminosa que teria desviado mais de 150 milhões de reais do Sesc e do Senac por meio...
A Operação E$quema S, deflagrada pela Lava Jato do Rio de Janeiro na última semana, envolve a contratação de escritórios de advocacia com a intenção de influenciar decisões em tribunais, como o TCU. A operação investiga uma organização criminosa que teria desviado mais de 150 milhões de reais do Sesc e do Senac por meio da Fecomércio do Rio. No Tribunal de Contas da União, no entanto, as apurações internas se restringem a investigar um único servidor -- ou seja, passam longe dos ministros da corte.
A ministra Ana Arraes, corregedora do TCU, determinou a abertura de um processo administrativo disciplinar contra Cristiano Albuquerque Rondon, lotado na Secretaria de Controle Externo. Segundo o Ministério Público Federal, o auditor investigado na Operação E$quema S teria recebido propina de Orlando Diniz, ex-presidente da Fecomércio. O pagamento ao auditor, de acordo com o MPF, teria envolvido a contratação de um advogado supostamente indicado por Roberto Teixeira e Cristiano Zanin, advogados de Lula, que são investigados na operação.
Para instruir o processo disciplinar contra o servidor, o TCU pediu informações sobre o caso à 7ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro. Em nota, a Associação da Auditoria de Controle Externo do tribunal informou que recebeu com “perplexidade” a denúncia contra o auditor concursado.
O trecho da delação em que Orlando Diniz menciona autoridades com foro, como ministros do TCU, foi rejeitado pela Procuradoria-Geral da República. Com isso, só houve avanços na investigação que tramita na primeira instância, e que tem como alvos pessoas sem foro. Entre os citados na E$squema S estão Eduardo Martins, filho do presidente do STJ, ministro Humberto Martins, e Tiago Cedraz, filho do ministro Aroldo Cedraz, do TCU. No âmbito da corte de contas, no entanto, só sobrou para o servidor sem foro.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (10)
Mauricio
2020-09-21 21:15:19Se puxar a linha, vem todos eles! Vergonha coisa da América Latrina
Luiz
2020-09-21 09:43:40aqui no Brasil sempre foi assim a lei é igual para todos mas o corporativismo faz alguns serem mais iguais e com isso vamos perpetuando a impunidade e transformando nossa justiça em completa injustiça, e assim mantemos os piores marginais do país impunes e cometendo os mesmos crimes com tranquilidade sem justiça para importuna-los e vamos enchendo nossas prisões de pobres sem recursos para comprar a banda podre do judiciário.
Leandro Domingues
2020-09-21 09:13:00Até quando teremos aceitaremos este escárnio?!!! isso é falta de escrúpulos, uma boa sociedade é construída sobre confiança e transparência, confiança significa que confiamos que o outro fará tudo dentro da lei e sem parcialidade, mesmo se tratando de membros da sua própria família.
Ademir
2020-09-21 07:13:54Isso tudo acontece em nossa frente assistimos nos indignamos e é só um país onde juízes e as altas cúpulas não pagam por seus delitos nunca será um país justo , pobre Brasil pobre povo brasileiro
José
2020-09-20 13:52:44Até quando no Brasil vão proteger bandidos
EMYGDIO
2020-09-20 12:00:34Mais um sal de fruta, por favor!
Alberto
2020-09-20 10:53:56Alberto(Belém-Pa). Será que vai ser preciso pegar em armas para acabar com essa safadeza, essa roubalheira, essa impunidade nas instituições brasileiras ? É asqueroso ter que ler mais uma matéria como essa e se sentir desanimado e ao mesmo tempo um otário e, enquanto isso, o "familismo" segue o seu fluxo normal de enriquecimento e de poder e, o que é pior, ainda sendo endeusado por muitos cidadãos que em sua grande maioria vive uma vida honesta, dentro do seu orçamento. Abaixo as oligarquias !
Alberto
2020-09-20 10:35:37Alberto (Belém-Pa). Não podemos continuar sendo dominados por castas corruptas encasteladas no setor público brasileiro, não podemos continuar sendo vassalos do "familismo" como acontece aqui no Pará, em Alagoas, no Maranhão, em Pernambucano, no Acre, no Rio Grande do Norte, no Amapá e etc. Não devemos ter políticos de estimação. Nossas instituições precisam ser preenchidas por novos critérios, critérios q não contemplem blindar os integrantes dessas instituições como está ocorrendo atualmente.
Alberto
2020-09-20 10:21:36Alberto (Belém-Pa). É revoltante, é indigno, é uma safadeza sem igual. A lei não vale para todos nessa Republiqueta de bananas, as castas se apossaram das fétidas instituições nos poderes judiciário, legislativo e executivo, assim como nos Tribunais de Contas espalhados por essa Republiqueta e até nos Ministérios Públicos. É revoltante e desanimador, isso não pode continuar. Nossas instituições, em todas as esferas, tomadas por criminosos que não são investigados, o mundo precisa saber disso.
Maria
2020-09-20 09:53:58pouca vergonha né ministra Ana Arraes. Todos são iguais perante a lei. cometeu ilícito tem que ser investigado sejam ministros ou faxineiro.