STJ

Alvo de operação, TJ da Bahia tem eleição incerta

23.11.19 17:29

Com o atual presidente da corte, Gesivaldo Britto (foto), e outros cinco magistrados afastados do cargo por 90 dias após a Polícia Federal realizar a Operação Faroeste, contra um esquema de venda de decisões judiciais e outros crimes, o comando do Tribunal de Justiça da Bahia segue indefinido. A eleição para escolha do novo presidente, que estava marcada para ocorrer na quarta-feira, 20, foi adiada. A operação foi iniciada um dia antes.

Ainda não há previsão de quando a escolha será feita, de acordo com a assessoria de comunicação do TJ baiano. Como os desembargadores da corte só se reúnem às quartas-feiras, a nova data deve ser definida na sessão de 27 de novembro.

A Operação Faroeste investiga, além da suposta venda de sentenças no judiciário baiano, um esquema de grilagem de terras no oeste da Bahia que envolve até assassinatos como queima de arquivo. Ao todo, 16 pessoas, entre funcionários do TJ-BA, advogados e produtores rurais, são suspeitos de crimes como corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O esquema, segundo investigações do Ministério Público Federal, vinha desde 2013 e foi idealizado e articulado por Adailton Maturino dos Santos, que atuava como falso cônsul de Guiné-Bissau. Maturino está preso.

No foco da operação também estão Gesivaldo, os desembargadores Maria do Socorro, José Olegário Caldas e Maria da Graça Osório Pimentel Leal, e os juízes Marivalda Almeida Moutinho e Sérgio Humberto Sampaio. José Olegário está na lista dos cinco candidatos à presidência do tribunal, homologada por Gesivaldo Brito e publicada no Diário Oficial da Justiça em 14 de novembro.

A presidência do TJ, assim como os demais cargos da diretoria, é eleita pelos 60 desembargadores baianos. Para as outras vagas da direção também concorrem cinco desembargadores.

A Polícia Federal prendeu neste sábado, 23, mais um juiz acusado de participação no esquema.

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    1. A cara dessa classe dominadora,q tá C e ANDANDO,pro povo.

  1. Eita mundo cão em que estamos vivendo. Bem que a ministra Ângela Calmon disse que a lavajato precisa chegar ao Judiciário Brasileiro.

  2. Como confiar em qualquer sentença de algum magistrado desses? A justiça da Bahia é a mais cara, ineficiente e corrupta do mundo. Os juízes e desembargadores parecem selebridades com carrões, casas de praia, fazendas, apartamentos de luxos e até aviões. Como servidores públicos podem tem uma vida nababesca?

  3. O escândalo ocorrido no Primeiro Tribunal de Justiça do país dará o pontapé inicial para a instalação da CPI Lava Toga e servirá de estopim para o impeachment dos principais integrantes do notório sexteto de "supremos" patifes e farsantes.

    1. O Ministro DR. LUÍS ROBERTO BARROSO é inegavelmente íntegro, decente e competente. Tem conduta ilibada e é uma das reservas morais do BRASIL. Honra a sua toga. Não faz parte do bando de corvos.

    2. Caro Gabriel. Não me iludo. Além do Fachin, ainda confio no Barroso (principalmente) e no Fux. Às vezes, na Carmem Lúcia. E, raramente, no plagiador e pseudo jurista Alexandre "Kojak" de Moraes (mero farsante). O resto, é lodo fétido/pútrido

    3. não se iluda só o Fachin que salva o dedo mindinho os outros todos tem falhas intoleráveis.

  4. Em um Estado que teve como horizonte a política posta em prática pelo PT, não causa surpresa todas essas denúncias. Esperamos que os órgãos responsáveis saiam para os demais Estados da Federação em um pente fino. Temos que demovê-los dessas práticas que desrespeitam qualquer ordem social.

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