STJ

Alvo da Lava Jato, auditor fiscal solto passará Natal com mulher denunciada

24.12.19 11:35

A juíza substituta Michelle Brandão de Sousa Pinto, plantonista da Justiça Federal do Rio, autorizou que o auditor fiscal Marco Aurélio Canal, solto no sábado, 21, por decisão do ministro do Superior Tribunal de Justiça Ribeiro Dantas (foto), possa ficar perto da mulher Adriana, neste Natal.

Ambos foram denunciados pelo Ministério Público Federal por cobrar propina de empresas investigadas pela Lava Jato do Rio de Janeiro para evitar a aplicação de sanções tributárias a alvos da força-tarefa. Canal era supervisor da equipe responsável pelas multas da Receita e foi preso preventivamente em outubro na Operação Armadeira, por decisão do juiz federal Marcelo Bretas.

Na quinta-feira, 19, Ribeiro Dantas determinou a soltura do auditor fiscal argumentando que não havia provas de Canal apresentava riscos às investigações do caso. Como medida alternativa à prisão, o ministro determinou ao acusado a “proibição de manter contato com os demais réus”, o que incluía a mulher.

Nesta segunda-feira, 23, no entanto, a pedido da defesa do auditor fiscal, a juíza readequou a medida cautelar imposta pelo STJ para permitir que Canal possa ficar próximo de Adriana, enquanto aguarda o julgamento do habeas corpus em liberdade, como forma de “proteção à instituição familiar”.

“De fato, a despeito da finalidade da medida, há que se admitir a sua flexibilização de modo a permitir o convívio do casal, haja vista que, residindo no mesmo endereço, não se mostra razoável admitir a fixação de tal restrição, sob pena de se negar vigência à disciplina do art. 226, da CRFB/88, que visa assegurar a proteção estatal sobre a base familiar”, afirmou a juíza.

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  1. Proteção à família ?! Quanta hipocrisia! Quer proteger a instituição familiar , primeiro proíba a educação de gênero nas escolas. Absurda e injusta a liberação do fiscal Marco Aurélio e de tantos outros na mesma situação.

  2. Existem bandidos e bandidos, vez que os de status superior não podem ser algemados, ficam em salas de Estado Maior, o trânsito em julgado somente ocorre após a prescrição, recorrem, em liberdade, trocentas vezes de uma mesma decisão, os juízes de execução desafiam decisão do tribunal em nome da família, de modo a manter o casal juntos no Natal etc... Os bandidos de status inferior, quem se importa, pois muitas das vezes permanecem presos além do tempo da pena imposta...

  3. Esta juíza é de uma percepção sem igual, imagine o casal separado justo no Natal. Afinal ser corrupto não é nada demais, Lula é aplaudido por ser corrupto e condenado.

  4. "Proteção estatal a base da família "? Desde quando o estado tem obrigações com o crime? Então basta serem marido e mulher para praticar crimes e terão proteção do estado...tamos bem.

  5. Agora vão brindar a ceia com champanhe roubado, mas..... importado e caro! É lógico que quem é corrupto em família deve comemorar em grande estilo!!

    1. Já imaginou se esse casal tem filhos, o exemplo se pais que estão dando?

    1. Não precisava tufo isso, e ra só prender a mulher que a familia estsva unida.

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